Luíz gonzaga é o grande homenageado do ano!

21 junho 2012 Nenhum comentário

Em 13 de Dezembro de 1912 nascia no município de Exu em Pernambuco, Luiz Gonzaga do Nascimento (Rei do Baião). Artista nordestino de valor excedente para todo o Brasil. Declarado o criador do forró e consagrando-se pelo gênero baião, começou desde pequeno quando aprendeu a tocar acordeão com seu pai, nas folgas dos trabalhos na lavoura. Sua canção Asa Branca, que compôs em 1947 junto ao seu amigo Humberto Teixeira.


Prestes a completar 100 anos, Luiz Gonzaga vem recebendo homenagens desde o início do ano, foi tema do carnaval da Unidos da Tijuca com enredo “O Dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão”, que foi a escola de samba carioca ganhadora. No Ceará também recebeu homenagens durante o carnaval, foi tema do maracatu Nação Fortaleza sob loa de Calé Alencar. E consequentemente no mês de junho, tempo de festas e quadrilhas, as homenagens se multiplicaram por todo nordeste.

O Centro Cultural Banco do Nordeste preparou também uma tarde de reverência ao Rei do Baião para o dia 22/06, com uma programação que aborda a vida e a obra deste grande interprete da música nordestina, utilizando de diversas vertentes como a música, o cordel e o teatro, totalmente acessíveis devido à entrada gratuita. Segue abaixo o folder com a programação:

CRIOLO: Um cantor de referencias musicais

18 junho 2012 Nenhum comentário
Escutem essa música:


Agora essa:


Por último essa:


Eu preciso traduzir esse cantor que vindo do berço do Hip Hop tornou-se uma referência musical nacional, devido a sua multiparidade? Seu nome é CRIOLO.

Mostras DOC no Sobrado Dr.José Lourenço: Entrevista Carlos Normando

15 junho 2012 Nenhum comentário

Desde sua inauguração em julho de 2007 o sobrado Sr. José Lourenço, localizada na Rua Major Facundo, 154, no centro de Fortaleza, tornou-se um dos espaços mais culturais da cidade. Os eventos realizados têm como alvo o público que deseja conhecer o melhor da arte cearense em todas as suas vertentes. Sempre com a entrada gratuita, o espaço inova constantemente com exposições, palestras, seminários e o seu já famoso Café do Zé, espaço dedicado à apresentação de obras de artistas e realizadores do nosso estado, ocorrendo geralmente aos sábados pela manhã.




Neste Sábado, 16/06, o realizador e professor Carlos Normando apresentará quatro documentários de sua autoria, são eles:

- Lolô S.A. (15 min. doc. 2007): Vencedor de melhor curta na mostra Olhar do Ceará no Cine Ceará, no Festival de cinema de Maringá e no Festival FRICINE em Nova Friburgo no RJ;

- Possante Velho de Guerra  (19 min. doc. 2008);

- Tons de Totonho  (20 min. doc. 2009): Melhor curta no Festival de Guarnicê de Cinema em São Luís e o vencedor do 2° lugar no Festival de cinema e vídeo de Teresina-PI.

- Babauparatodos (20 min. doc. 2010): Melhor curta no Festcine Maracanaú.

Após a exibição dos quatros documentários iniciará um debate super imperdível sobre a produção de documentários. Normando, que iniciou seu caminho como realizador de vídeos com sua câmera Super 8mm em 1970, hoje é referência no meio devido os seus curtas por diversas vezes premiados e por lecionar na Universidade de Fortaleza e na Faculdade Cearense. Confira abaixo uma entrevista com o documentarista:

Por que sua paixão por documentários?

NORMANDO: Comecei no final da década de 1970, trabalhando ainda em Super-8 mm. De lá pra cá já são dez títulos e participações em trabalhos de colegas. Acho muito importante fazer documentários porque é uma forma legal de registrar figuras populares que fazem um trabalho interessante e que, normalmente, não contam com o apoio da mídia. Tenho o prazer de saber que daqui há cinquenta anos será possível saber quem foi o Mestre Totonho ou o Babau do Pandeiro, para citar apenas dois exemplos. Está tudo registrado. É só ver os filmes.

O que o senhor espera desse encontro no Sobrado Sr.José Lourenço?

NORMANDO: Estou feliz por ser no histórico Sobrado Dr. José Lourenço que é um espaço fenomenal para as artes plásticas e visuais. Estarei disponível para responder perguntas sobre o meu processo de trabalho e a arte de fazer documentários.

Como o senhor vê o desenvolvimento dos realizadores de audiovisual no cenário cearense?

NORMANDO: Tem muita gente produzindo. Mesmo com alguma dificuldade, a turma tem feito trabalhos legais. Os editais estão aí mas ainda falta um voto de confiança maior por parte dos empresários da terra. Agora mesmo eu vi no Cine Ceará o longa "Cine Holiúde" do Halder Gomes. Tenho certeza que será o maior sucesso de bilheteria e tem tudo para abrir uma boa safra de filmes de humor no Ceará.

Algum projeto novo em andamento?

NORMANDO: Estou em processo de produção do novo trabalho. Terá o título "Aerodinâmicos" e será sobre dois cearenses de Limoeiro do Norte que resolveram fazer aviões em casa. E já voaram alto.

CINEMA NOVA: INFLUÊNCIAS DO NEO-REALISMO

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O cinema novo surgiu em um tempo que se exigia grandes mudanças no cenário cinematográfico nacional. Os grandes estúdios existentes que entraram em falência no início dos anos 50, já tinham esgotado a ideia de se criar grandes produções, com orçamentos exagerados e atores de grandes portes, era um cinema de alto valor que se deixou afundar diante das imensas impossibilidades de continuidade. Nesta situação, a renovação se deu nas mesmas circunstâncias que outros países iberos americanos como Portugal, Argentina e Cuba atravessavam artisticamente em seu meio audiovisual.




A Guerra que tinha acabado recentemente havia deixado uma das formas mais cruas de se fazer cinema na Itália. Cineastas inspirados em contar o sentimento real da sociedade que sobrevivera aos tempos de canhões de guerra e munições vazias pelo chão em um cenário de ruínas estavam colocando nas telonas todo esse sofrimento. O Brasil, e outros países perceberam que esse era o cinema real. O Neorrealismo inspirava um dos maiores movimentos artístico do nosso país.

O Brasil não havia sido afetado tão fortemente pela guerra, mais o que não nos faltava era a realidade a ser apresentada nos nossos cinemas. O Sertão com as suas demoradas secas, a difícil vida dos pescadores no litoral, a escassez de condições de vida nos morros cariocas e etc. O Brasil era um país subdesenvolvido com inúmeras misérias no seu dia-a-dia. Essa era a realidade que seria apresentada nos filmes que estavam por vir.

O I Congresso Paulista de Cinema Brasileiro e o I Congresso Nacional do Cinema Brasileiro, acontecidos durante o ano de 1952. Nos quais os cineastas aproveitaram as oportunidades para lançar as ideias para o novo formato de filme, que se baseavam literalmente nas características estéticas e inovadoras do Neorrealismo Italiano e Nouvelle Vague Francesa, que também era um fruto do modo italiano pós-guerra. O primeiro filme do movimento foi Rio, 40° de Nelson Pereira dos Santos.

“Rio, 40 graus era um filme popular, mostrava o povo ao povo, suas ideias eram claras e sua linguagem simples dava uma visão do Distrito Federal. Sentia-se pela primeira vez no cinema brasileiro o desprezo pela retórica. O filme foi realizado com um orçamento mínimo e ambientado em cenários naturais: o Maracanã, o Corcovado, as favelas, as praças da cidade, povoada de malandros, soldadinhos, favelados, pivetes e deputados.” Carlos Roberto de Souza.

Com a explosão cultural do filme de Nelson Pereira, vários cineastas do eixo SP-RIO-BAHIA, perceberam que o modelo podia projetar mais frutos de qualidade, diferentes das caríssimas produções da já antiga Vera Cruz ou as decadentes obras questionáveis da pornochachada.
Os filmes começaram a aparecer e a realidade brasileira estava sendo mostrada em sua forma mais significativa. Os diretores já se consagravam pela nova forma de fazer cinema, e quem o fazia uma vez, repetia o sucesso. Foi o que aconteceu em 1963, quando o Nelson Pereira estreou o longa Vidas Secas, drama baseado na obra de mesmo nome do escritor Graciliano Ramos. Este é o filme que mais demonstra as características Neorrealistas do período, as influências estão por todas as cenas, tanto esteticamente quanto tecnicamente.

Vidas Secas conta as tentativas de sobrevivência de toda uma família no sertão nordestino. Fabiano, sua esposa sinhá Vitória, seus dois filhos e a cachorra baleia iniciam o filme em uma caminhada no meio árido e seco, com um sol escaldante e com pouca água e farinha como alimento. A Tragédia nos filmes italianos tão representados pelo caos deixado pela guerra, neste filme ela é retratada na personificação da seca, que agride todo um povo tornando-os retirantes pelas estradas de poeira.



O Papel firme da mulher cheia de virtude e força, assim como retratado em Maria Ricci de Ladrões de Bicicleta e em Pina de Roma, Cidade Aberta, é tratado com toda maestria em Sinhá Vitória que com uma força descomunal de sobrevivência é à base de toda a família, suando e calejando sua mão junto ao esposo na busca de um local melhor para se viver. Assim como as crianças também são retratadas fielmente aos clássicos neorrealistas, os dois garotos no meio da falta de tudo, perambulam ao redor de si em busca de um contentamento que parece não existir.

A Família se estrutura mais devido ao maremoto de desgraças que está inserida volta ao ponto zero, iniciando novamente sua longa caminhada em busca de abrigo. Novamente vemos a influência do neorrealismo, não existe final feliz, nem na vida real e nem nos filmes do início do cinema novo brasileiro.

A linguagem abordada nos filmes tinham características tão comuns que agradavam de primeira, assim como em Rio, 40 graus, com as histórias contadas dos garotos vendedores de amendoim, do povo do morro, dos soldados do calçadão de Ipanema. Também, encontramos um linguajar próprio, beirando quase em sua totalidade o estilo documentário o filme Barravento de Glauber Rocha.

De 1962, Barravento já introduz o espectador ao mundo neorrealista, quando em sua abertura já é comunicado que alguns dos participantes daquele filme são os moradores da vila de pesca e o termo Barravento é explicado. O filme é sobre o retorno do ex-pescador Firmino à vila, de negro sofredor a beira do mar, ele volta bem vestido e aparentemente bem de vida. Idealizando que na cidade as pessoas tem mais sorte, o que no corre do filme percebemos que na verdade, Firmino tornou-se um malandro, fugitivo da polícia e consequentemente, apenas mais uma vítima do sistema.

A cultura baiana é colocada no filme em estilo documental, longas sequências são exibidas como a dança dos moradores, que em uma única roda de dança, homens e mulheres se indicam para apresentação de dança ao som de tambores. Iemanjá e o candomblé representam a religiosidade, sendo talvez o único sentimento emotivo existente no grupo de moradores. A Venda de peixes não dá os resultados esperados, a divisão dos lucros é um percentual mínimo para os pescadores, o caos se propaga por todo o litoral.

Barravento lembra muito La Terra Treme, filme do cineasta neorrealista Luchino Visconti, desde o início quando Luchino também comunica aos espectadores que os participantes daquele filma são pescadores da praia de Sicília. 

Conheça Clarice Falcão e sua boa música

10 junho 2012 Nenhum comentário
Recentemente, por pura sorte do destino, encontrei no youtube o canal de vídeo de Clarice Falcão, que com 23 anos já percorre um caminho artístico de provocar inveja como atriz, roteirista e para nossa sorte cantora e compositora, filha do cineasta João Falcão e da roteirista Adriana Falcão, dupla responsável por O Auto da Compadecida. 
A Garota já transporta na veia a teia sensorial da pluralidade das artes. Participado da novela A Favorita em 2009, hoje é uma das protagonistas da série Vendemos Cadeiras do canal multishow, é protagonista do curta Laços que ganhou o concurso de vídeos lançada pelo youtube, no qual atualmente está fazendo um grande sucesso devido os vídeos com suas músicas que tem postado junto a equipe parafernal. 
Suas músicas "fofas" são pequenos embalos românticos com letras que nãos desgrudam de nossa cabeça. Sem  nehum cd ainda gravado, não que eu o tenha encontrado. Segue abaixo seus melhores clipes:


Monomania é sua única música com clipe oficial, lembra muito Mallu Magalhães, mais continue sem preconceitos. A garota não consegue criar músicas que não seja tendo como tema seu namorado, interpretado por Gregório Duviver com quem trabalha em Vendemos cadeira.


Neste vídeo, Clarice faz homenagem ao grupo revelação o qual ela assume gostar bastante. Com um arranjo bem melhorado, Clarice deixa o seu charme nesta versão de Coração Radiante.


A Gente Voltou é uma balada romântica cheia de referências. Clarice traduz sentimentos tão comuns de forma tão absurda, que agrada.

Aguardemos anciosos o Cd desta querida cantora, só esperamos que não seja sobre uma pessoa só.


 
Desenvolvido por Michelly Melo.