5 anos e muitas histórias!

22 novembro 2016 Nenhum comentário

Sinceramente, não gosto de utilizar o blog para discorrer sobre algo pessoal, não gosto da vertente que blog é um diário, claro que eu não tenho nada contra aos blogueiros que utilizam este espaço para falar do relacionamento que acabou, da dificuldade de encontrar emprego, da mãe que só quer usar batom vermelho... eu leio alguns, e até posso indicar em outra postagem uma listinha daqueles que constantemente eu vou lá conferir algum texto que ache bacana, e a verdade é que são muitos e com muita qualidade. Mas, pra mim, aqui não dá. Aqui é um espaço fora do meu mundo, a parte boa de ser o RAFAEL, claro, que tem alguns posts polêmicos no meio, criados também para fazer o leitor pensar sobre algo que estou pensando naquele momento, exemplo é o texto de O Amor do Poliamor, escrito no inicio de novembro. 

Estava revendo o histórico do blog e senti como ele mudou, como eu mudei, como o mundo mudou. E mudamos todos juntos. De forma avassaladora e introspectiva e como viajante no tempo, em minutos atravessei de corpo, alma e mouse os cinco anos de existência deste espaço. Lembrei da primeira postagem, havia acabado de conferir o filme O Palhaço do Selton Mello e pensei: EU PRECISO FALAR DESSE FILME COM ALGUÉM. Foi quando surgiu a ideia de criar o blog, a princípio com o nome byforme, eu queria tanto que este espaço tivesse algo haver comigo, que me representasse de alguma forma, que na escolha do nome, eu só pensava em mim, pra mim e por mim. Daí esse pitoresco título para um blog, que não tinha nenhum acesso. Só o meu!

Começou a aparecer um acesso aqui e outro acolá, no mesmo ano fiz minha conta no Facebook, aonde comecei a divulgar o que publicava. Neste tempo também já namorava com a ideia de não falar só de filmes, queria falar de música, de livros, das pessoas. Menos de mim, nunca achei e ainda acho que eu seja interessante e tolerante ao ponto de acreditar que meus pensamento possam servir de experiência ou saber para alguma outra pessoa, tenho a convicção que posso ajudá-los de outra maneira, nem que seja tietando A Banda mais bonita da cidade, banda curitibana que amo demais, que ganhou um post lindo sobre ao show deles aqui em Fortaleza, no Órbita bar. 

Outra paixão que ganhou postagem foi a minha primeira viagem para fora da província Ceará, em 2013 conheci o Rio de Janeiro. Primeiro vôo, primeira mala perdida em aeroporto, primeiro fone de ouvido da Tam, primeira vez que vi o mundo de cima, que vi o céu. A Viagem a trabalhou rendeu um post fofinho, com direito a fotos e emoção nas palavras, com registro de todos os locais que passei, incluindo a visão inesquecível do Rio de Janeiro visto de um enorme janelão, na varanda do quarto do casarão colonial que fiquei hospedado no tradicional bairro Santa Tereza. Ufa, É Lindo viu!

Em 2014 o blog mudou de nome, eu já estava com vergonha de informar as pessoas que o endereço tinha byforme, juro! Fiz uma rápida pesquisa na época e um amigo me deu a sugestão com uma simples pergunta: de quem é o blog. O Blog é meu. O Blog do Rafa. Caralho!!!! Que clichê mais lindo. Aprovei e na hora mesmo já trabalhei na primeira arte para a logo, dei uma repaginada e apresentei novamente aos leitores, poucos, mas que elogiaram e gostaram bastante. Neste ano, fiz  a primeira cobertura do Oscar da minha vida, assisti todos os filmes e fiz a análise dos principais, foi lindo! Cansativo, mas sensacional. 

E hoje, cinco anos depois, estou aqui, escrevendo sobre esse garotinho que me acompanha em todos os momentos, como um amigo, ás vezes esquecidos, outrora tão lembrando, mas sempre presente. Um companheiro personificado em palavras, layout e acessos, este por último, nunca tão valorizado por mim, adoro saber que outras pessoas vieram aqui e leram algo que eu tenho escrito, mas o mais importante é saber que tá escrito, tá acessível, que tem existência. Mesmo assim, são 9.950 acessos, ou seja quase dois mil acessos por ano, pra mim, já é demais. Obrigado à todos!

Pra encerrar esse post tão saudosista, quero deixar só uma história linda que me contaram recentemente:

Um dia uma menina de 5 anos perguntou ao seu irmão mais velho: 
- O que é o amor?
Ele sorriu e respondeu:
- O Amor é quando eu sei que roubas, todos os dias, chocolate da minha mochila e eu continuo a guarda-los no mesmo lugar. 

(Autor Desconhecido)




Animais fantásticos e onde habitam, 2016

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O filme tem o poder de transportar o expectador para a história que é contada, diferente de um livro, onde o leitor desenvolve uma empatia com as palavras, na telona é uma experiência sensorial que pode provocar os mais diversos sentimentos, do medo ao riso, do choro a adrenalina. E para provocar essas sensações existe uma receita, um cálculo de sucesso que produtoras, diretores e roteiristas, principalmente de Hollywood, conhecem muito bem, e aplicam com louvor naquelas obras cinematográficas que devem render milhões aos estúdios.

Animas fantásticos e onde habitam representa bem o resultado desta equação, o roteiro lotado de personagens carismáticos, vilões surreais, efeitos especiais espetaculares, um universo de aventura encantador e a assinatura envolvente de uma trilha sonora que arrepia o espírito, todos bem acertados e funcionando em uma engrenagem de puro entretenimento tornam este, um dos melhores filmes do ano. 

J. K. Rowling escreve por paixão, é possível perceber como cada detalhe da narrativa foi pensado de forma carinhosa. Rowling consegue estabelecer um timing preciso para apresentar situações tão contrapostas, em uma cena um humor juvenil, em outra, um suspense comum a filmes de terror. Os seus personagens discorrem pela trama suavemente, a calma como a história se desenvolve é inteligente e não cansativa, os minutos passam correndo. Quando percebe-se já estamos familiarizados com os personagens em cena, com exceção do jovem Newt Scamander, protagonista interpretado pelo talentoso Eddie Redmayne, que não tem sua história explorada, e necessariamente com um destaque limitado, acaba por ser submergido pelos fantásticos animais e os colegas de elenco, Katherine Waterson, Dan Fogler e Alison Sudol.

Animais fantásticos e onde habitam é agradabilíssimo, complementa com excelência um espaço deixado desde o último Harry Potter nos cinemas. Com vida própria, o longa já nasce maduro, com uma mitologia bem estruturada, personagens amáveis e aquela áurea de aventura que a muito tempo não contemplávamos nos cinemas. Ótima sessão!



Shaolin do Sertão, Halder Gomes.

12 novembro 2016 Nenhum comentário


Ao estrear, Shaolin do Sertão permaneceu durante suas primeiras semanas, lotando as principais salas de cinema do estado do Ceará. As ações com a equipe de produção e atores que percorreu diversos shoppings apresentando o longa foi certeira para tornar o filme conhecido do público e claro, gerar mídia orgânica que contribuíram muito para que as filas para as sessões do filme aumentassem de forma a provocar, segundo o diretor Halder Gomes em seu facebook, o nascimento de um novo clássico para o cinema cearense. Ele exagerou? Claro. Mas não mentiu, um filme com o público de meio milhão de expectadores não pode passar deslizando pela história do audiovisual do nosso estado, porém, Shaolin do Sertão é um filme tecnicamente ruim, com um roteiro cansado e interpretações de causar vergonha alheia. 

Existe uma ideia brilhante ali, o argumento funciona muito bem, a trajetória do herói é inquestionável, o problema é a fórmula que já havia sido utilizada pelo Helder em seu outro filme, Cine Holliudy. Talvez, se o diretor não reutilizasse Edmilson Filho como protagonista, o filme funcionasse melhor, sem as atuações que beiram o amadorismo de Edmilson, e provocam no lugar da graça a vergonha alheia. Ao lado de Bruna Hamú, que interpreta a mocinha da história, a diferença de profissionalismo entre os dois, enquanto ela esbanja qualidade de interpretação, Edmilson grita ou soletra suas piadas prontas. Algumas cenas parecem inacreditáveis por terem ido para o corte final do filme. 

O roteiro longo desnecessariamente, principalmente no último ato, parece ter sido escrito com a ideia central de apresentar a maior quantidade de situações que causassem graça aos expectadores, e nesta tentativa exagerada de criar gorduras ocasionou uma lotação pitorescas de cenas desnecessárias, afinal, as cenas com o apresentador João Inácio Jr, poderiam desaparecer do longa, sem custo algum para a compreensão da história. E tão pouco as cenas com o bêbado da cidade, com a Camila Ucker e até algumas com o Falcão, que mesmo realizando um trabalho a nos convencer de sua atuação, em alguns momentos peca pela piadas sem graça do roteiro. Diferente dos ótimos e pontuais momentos que estão em tela, Haroldo Guimarães que, realmente, consegue provocar gargalhadas, Marcos Veras, que mesmo exagerando no papel do macho alfa, pontua com cuidado sua presença e a dupla Fafy Siqueira e Cláudio Jaborandy sempre ótimos, mesmo rodeados de não atores. 

Shaolin do Sertão trás um vocabulário escrachado cearense do interior do estado ampliado a mil, todo mundo parece exagerado, escrachado e  caricato. Os personagens criados, e não são poucos, surgem em cena apenas para fazer caras e bocas, para aparecer e dizer que esta presente, que faz parte, que contribuiu, que ajudou a "acangalhar" o negócio. E se "acangalhar" é o melhor termo para estabelecer um vínculo da necessidade de Shaolin do Sertão na história do cinema cearense, com toda e aceitável dedicação de Helder em produzir um filme, torço com muita energia positiva para que seus próximos trabalhos não sejam apelativos da fórmula já cansada, que algo novo apareça, que ele consiga realmente fazer um filme, que além de filas e salas lotadas, tenha um motivo de existência, no mínimo, tenha qualidade, o cinema nacional merece.

Em tempo, Leia também minha análise de Cine Hollíudy no Portal O Divulgador:



Corre Forrest!

09 novembro 2016 Nenhum comentário

Em dezembro completa-se 22 anos que o longa metragem Forrest Gump estreava nos cinemas norte-americanos. A história do jovem Gump, contada em primeira pessoa por ele mesmo, era o oitavo filme de Robert Zemecks, diretor que estava em sua época de ouro em hollywood, era o responsável por levar ao cinema a trilogia "De volta para o futuro" que havia feito sucesso em todo mundo e alguns anos antes também revolucionou o cinema com "Uma cilada para Roger Rabbit", onde personagens reais dividiam a cena com desenhos animados. Forrest Gump foi, na verdade, a receita certeira para concretizar o poder de narrativa e produção de Zemecks, neste ele reuniu a ficção necessária para criar uma história lotada de momentos lúdicos com a dramaticidade que emociona desde a primeira cena. 

13 indicações ao Oscar, conquistou seis estatuetas, incluindo as três principais premiações da noite: melhor filme, melhor diretor e melhor ator para Tom Hanks, que levou na ocasião seu segundo Oscar consecutivo, no ano anterior, 1994, levará pelo ótimo trabalho em Philadelphia. Hanks, na época, um talento promissor, a cada filme superava as expectativas e cada vez mais conquistava o seu consagrado espaço no hall dos grandes atores de Hollywood. Sua interpretação como Gump ao fazer as fases jovem e adulta do personagem, o consagrou pelo talento de possuir uma presença brilhante nos momentos dramáticos e cheios de humor do filme.

O Filme inicia com uma leve pena a flutuar no ar perdida, mas levada pelo vento ao seu destino. Como se sobrevoar ao espaço fosse a estrada da sua vida, a leve pena branca tropeça em si mesmo e por vários obstáculos até pousar, deitando-se, sob os sapatos surrupiados de lama de um jovem que está sentado em uma parada de ônibus. Forrest Gump apanha a pena e a guarda dentro de seu livro de história preferido. A abertura possui um trilha sonora que de imediato transporta o expectador para a emoção do filme, Alan Silvestri que também concorreu ao Oscar por assinar a na trilha sonora, realizou um trabalho minucioso que eleva a qualidade da direção de Zemeck e a atuação Hanks a outro nível.

Sentado à aguardar o ônibus, o carismático Forrest começa a contar a uma jovem a sua história de vida. Cuidadosamente, Gump permeia os detalhes e aprendizados da vida que o tornaram exatamente quem ele é. E aqui está a beleza do filme, Forrest Gump tem uma vida cheia de problemas sempre acobertadas pelo seu jeito peculiar em observar cada uma dessas dificuldades. O Problema no movimento das pernas que o obrigava a usar botas ortopédicas quando criança, os sacrifícios realizados por sua mãe para que fosse aceito como uma criança normal mesmo possuindo Q.I abaixo da média na principal escola da cidade, o preconceito por ser diferente, o primeiro amor... todas as passagens na história de Gump são intercaladas de forma a comover e ensinar, principalmente nas passagens em que Forrest vai lembrando dos ensinamentos deixados pela mãe.

- Como dizia minha mãe: Milagres acontecem todos os dias. - Diz Forrest antes de correr desengonçado usando suas botas para correção da coluna.
A Delicadeza da narrativa de Forrest não o impede de tratar assuntos como o abuso sexual de crianças pelos próprios pais, a vida dos soldados militares combatentes de guerra e a luta dos negros para a conquista dos mesmos direitos dos brancos. Com inserção de cenas reais gravadas com efeitos especiais onde Forrest Gump parece fazer parte da histeoria dá uma vivacidade ao filme, proporciona uma melhor empatia pelo protagonista, que sempre desengonçado, acaba modificando de alguma forma a nossa visão pelo ocorrido. Zemecks torna real e tateável um personagem bem peculiar que realmente seria muito bom se existisse  e não fosse apenas ficção.

Robin Wright, atualmente conhecida pelo papel da fria senhora Underwood na série House of Cards, grande sucesso do Netflix, interpretou a primeira e única grande paixão de Forrest, a bela Jenny Curran. A naturalidade do romance dos dois nasce das possibilidades de encontros e desencontros que a vida vai ocasionando durante o filme, sendo que uma delas é essencial para que Forrest finalmente complete sua história, seu destino. A Beleza de Robin complementa com sutileza as situações em que Forrest põe nela sua confiança e amor. Hank e Robin estão perfeitos juntos. 

Forrest Gump é daqueles filmes que podem ser a resposta certa para aquela pergunta no final da tarde de domingo: Então, qual filme iremos ver? Lotado de metáforas sobre a vida, Forrest Gump conta-nos a história de um sobrevivente, que em nenhum momento se vitimiza das diversas situações pelas quais é submergido e em algumas, nota-se a crueldade em como o mundo pode ser com os outros, se cada um de nós tivermos um pouco da inocência e dos sonhos de Gump, talvez possamos construir um ambiente de convívio melhor, assim como Forrest mudou o Alabama, podemos mudar a nós mesmos. Afinal, a primeira mudança é aquela que vem de dentro. 

Corre Forrest, Corre!






O amor do Poliamor!

04 novembro 2016 Nenhum comentário

Precisamos falar do poliamor. Mas para falarmos dele precisamos nos desprender de todos os limites e pré-conceitos (sim, escrevo-o desta forma para melhor compreensão de seu significado) para então continuarmos em frente. Rumo a libertação das formas de amar, seja ela em gênero, quantidade ou intensidade. 

Primeiro, não é necessário eu ser participante/praticante do poliamor para falar sobre ele, o assunto assim como diversos outros temas bem atuais, me chamou atenção pelo caráter profundo de análise da sociedade atual, que continua mudando e evoluindo a cada instante. Mudou agora e você não viu. 

Segundo, o amor é lindo. Sentimento único que carrega a responsabilidade enorme em ser para cada um de nós um sinônimo de alegria, o que o obriga a ser quase perfeito, redondo, existente. Mas e o poliamor? Poli, significa muitos ou vários, e amor, é o sentimento tão conhecido de nós todos, mas que nesta palavra ganha dimensões galácticas, pois se desconstrói do sentido de exclusividade e mergulha no compartilhamento da emoção. 

Parece complexo, e se o é, você precisa se desvincilhar de todas as normativas da sociedade quanto a compromisso e relacionamento em suas mais diversas padronizações existentes hoje para compreendê-lo, sei, não é fácil, mas necessário, por que em algum momento alguém mais próximo de você te apresentará esta situação, que esta cada vez mais comum, cotidiana. 

O programa Adotada da MTV, que tem como protagonista Maria Eugênia que a cada episódio é adotada por um família brasileira diferente e necessariamente passa uma semana naquele lar, vivenciando o ambiente, os integrantes da família e suas experiencias, apresentou uma família gaúcha de Porto Alegre onde a estrutura familiar era a seguinte:

Mulher mantém o relacionamento com outra mulher, por qual conhece um homem, pelo qual se apaixona, e mantém um relacionamento com o dois. Em outro momento surge outro homem, que passa a fazer parte do relacionamento. Resumindo, são duas mulheres e dois homens que constituem uma família. Um lar. Embora que uma das mulheres já não more na mesma construção familiar inicial ela continua mantendo relações sexuais e amorosas com os parceiros iniciais. 

E aí, deu pra entender? Parece complicadíssimo, mas não, claro que como outros relacionamentos existem contratempos, discussões e ciúmes, os quatros personagens reais desta história permitem-se amar. O que me deixou de imediato intrigado foi a estrutura familiar ser tão complexa e eles em si, aceitarem e conviverem com a normalização de todos os sentimentos envolvidos. E esta é a receita do bolo, a desconstrução do que para os não praticantes do poliamor poderia ser o causador de marés devastadoras de problemáticas para o relacionamentos, para eles, tudo é tratada com uma naturalidade plausível.

Assim como todo e qualquer outra decisão do individuo que possui o nosso mesmo direito de livre arbítrio, nós não temos qualquer direito ou concessão para interferir nas escolhas de suas vidas, o que precisamos é entender que estamos diante de uma nova forma de amar e ponto final. Não nos cabe aceitar e sim, respeitar. E em diversos momentos até mesmo ajudar a construir a viabilidade do amor, hoje tão escasso, não podemos banalizar este sentimento devido a quantidade de pessoas que fazem parte do todo, e sim na prepotência dele em existir sem barreiras, sem limites, sem determinações quantificadas. Amor é amor seja pra uma, duas, três, quatro... pessoas.


Doutor Estranho, 2016.

03 novembro 2016 Nenhum comentário

Doutor Estranho apresenta aos cinemas um herói incomum, humano e cheio de si. A construção do personagem interpretado pelo mega talentoso Benedict Cumberbatch (da série britânica Sherlock), é uma das mais sintéticas realizadas pelos filmes do gênero, porém, acontece de forma compreensível e até mesmo no teor da magia, torna tudo muito convincente e real. Enquanto, outros filmes de super heróis são construídos pelos acontecimento ao seu redor, Doutor Estranho acontece de dentro pra fora, de humano a herói, de problemas internos, pessoais, para problema externos, para salvar a humanidade do fim iminente. 

Stephen Stranger é um neurocirurgião soberbo, reconhecido no mundo todo por suas habilidades com cirurgias de alto risco e bem complexas, que no auge de seu sucesso profissional sobre um terrível acidente de carro, no qual, suas mãos são dilaceradas. Inconformado com a perda permanente do controle das mãos, Stranger passa a buscar formas de consertá-las para que possa voltar a realizar seu trabalho. Nesta busca, Stranger conhece Jonathan Pangborn, paciente que tinha um irreparável dano em sua coluna que o deixou paraplégico, mas que, misteriosamente, voltou a andar e pratica esportes. A busca o levará a conhecer o templo secreto Kamar-Taj no Nepal, aonde aprenderá controlar a energia interna do seu corpo que poderá levá-lo a cura. O controle da energia interna e o conhecimento aprofundado na história do templo Kamar-Taj, levará o doutor Stranger mais longe. Tornando-o um dos principais combatentes do templo, Stranger perceberá que o mundo corre perigo e que sua ajuda será totalmente essencial para que o pior não aconteça.

Doutor Estranho é o tipo de filme que a tecnologia 3D é obrigatória para o contar da história, a imersão na trajetória do herói é maximizada com os efeitos muito bem locados no tridimensional dentro das melhores cenas, já que a lógica tempo/espaço que é de extrema importância para o roteiro contribui para um aprofundamento dos ambientes e cenários das sequências de ação, grande acerto de Scott Derrickson, diretor responsável pela adaptação, que consegue exprimir a existência de Doutor Estranho ao mundo real, talvez pela sua experiência com filmes do gênero terror como Livrai-nos do Mal, 2014, e o Exorcismos de Emily Rose em 2005. 

Contribuem ainda para o sucesso de Doutor Estranho, a presença camaleoa da bela Tilda Swinton, que dá vida a um dos personagens mais enigmáticos e belos, o Ancião, que com um passado desconhecido, repassa seu conhecimento à Stranger, tornando-o apto a encontrar-se no plano astral, encorajando-o as diversas dimensões existentes. 


Emplacando seu espaço em um dos melhores filmes de todos os já criados para o universo Marvel, Doutor Estranho localiza-se bem a frente dos grandes e já consagrados heróis já apresentados nos cinemas. Se, o homem de ferro tem sua importância para a turma dos Vingadores, devido seu conhecimento e tecnologia, Doutor Estranho tem total responsabilidade pela magnitude do poder mais importante de todos, o Tempo, o que o torna uma das peças mais importantes de toda a mitologia Marvel. Vamos ficar torcendo para ver aonde o herói místico será importante nas histórias que estão por vir, que se continuarem na mesma qualidade de Guerra Civil e Doutor Estranho, serão, sem dúvidas, uma das sagas mais avassaladoras dos cinemas atualmente. Torcemos!





Melhores comerciais dia dos Pais: Emocionantes!

12 agosto 2016 Nenhum comentário
O Dia dos pais é uma das datas mais importante do calendário nacional. Enquanto alguns afirmam o motivo da data ser puramente comercial, outros, vêem na data a oportunidade exata de aproximar-se daquele que, geralmente, é o que rala pra caramba para sustentar toda a família, e que fazem isso, com amor e muita dedicação. Se o texto anterior é blasé e parecer ter sido tirado de um livro didático infantil, prepare-se que diferente do blogueiro sem criatividade aqui, as marcas estão começando a liberar seus comerciais de tv especiais para a data, e preparem-se, um mais lindo que o outro.

Super indico você chamar o seu pai e que possam ver juntos os comerciais abaixo:

O primeiro :)

A Gillete, sem dúvidas, é a maior marca de lâminas de barbear do Brasil, tanto que hoje, nós brasileiros utilizamos o nome da marca para no nosso dia a dia para identificar o ato de fazer a barba. O Comercial lançado esta semana é bem certeiro ao identificar hoje, que os jovens estão buscando cada vez mais informações na internet do que com os próprios pais, com essa ideia, a marca buscou pais de diversas nacionalidades e promoveu um encontro revelador entre pais e filhos. Confiram:


O Segundo :-(

Nesse é impossível não arder os olhos. A Gol que tem como missão encurtar distâncias, preparou encontros entre pais e filhos que não se viam a certo tempo. Uma temática um tanto comum, porém, quando os sentimentos envolvem saudades e afeto, não existe distância que dê jeito.



O Terceiro :\

A Imaginairum ficou no básico mas com a presença ilustre do escritor Marcos Piangers, autor do livro "O Papai é pop", com uma mensagem linda que inspira, onde de forma poética, ele discorre sobre o dom de ser pai.


O Quarto e último <3

A D'Noite, uma marca de roupas de dormir aqui de Fortaleza, Ceará, preparou a surpresa para um futuro papai dentro de duas lojas. Convidado pela própria esposa a dar um passeio pelo shopping, Rafael tem uma grande supresa que mudaria sua vida para sempre.


Existe realmente o melhor filme de todos?

05 agosto 2016 Nenhum comentário
Incrível como a arte cinematográfica tem a infelicidade de ser taxada, numerada, quantificada e por vezes, qualificada em listas de ordens crescentes, como se cada obra concorresse com outra, uma competição quase olímpica, onde se fica vez mais difícil eleger um vencedor. Mas como vamos definir o melhor de todos se ainda nem todos foram finalizados? Como afirmar que um filme de 1950 é o melhor longa metragem já feito se temos ainda um futuro promissor à frente? Certo, podemos usar como parâmetros apenas os filmes feitos até certa data, mas sim, já vimos todos os filmes já feitos? ou filtramos apenas por aqueles que tiveram público em massa, ou se tentarmos ser mais justos, tentamos dá ênfase apenas aos filmes que de certa forma representaram alguma escola cinematográfica ou algum período cultural. Perceba como é complicado definir o que não merece ser definido.


Eu sei que é natural você estabelecer parâmetros e ter listas de "coisas que você mais gosta de fazer" ou "filmes que você mais gosta de ver", mas isso deve ser pessoal, introspectivo, e não, generalizardo como a obra "1001 filmes para se ver antes de morrer" que desde 2003 preenche as prateleiras das livrarias e tem se tornado um dos livros mais vendidos ano após ano, quando sempre sofre alguma pequeníssima alteração em sua listagem oficial assinada pelo crítico Steven Jay Schneider. Esta alteração é a prova de como a arte é imensurável, totalmente inclassificável, principalmente quando se trata de filmes, que mensalmente em média, estreiam de 26 a 30 filmes nos cinemas brasileiros. Agora calculem quantos filmes não vão às telas dos cinemas por falta de incentivo, quantos estreiam na Argentina, em Honduras, na China e até no Paquistão que não chegam por aqui, por que não entram no circuito comercial? Será que no meio desses que você, eu e até os críticos engomadinhos de Los Angeles, Cannes e Sundace que não possuem total acesso ás obras, não estão perdendo o "verdadeiro" melhor filme do mundo?

Recentemente, o site revistabula.com publicou um artigo de Ademir Luiz com o título "A Lista definitiva dos 100 melhores filmes de todos os tempos". Que exagero! A Palavra "definitiva" nos remete a algo finalizado, engessado, como se o autor estivesse pontuando o famoso The End em todas as listas existentes. Pior do que isso, é Ademir iniciar sua lista criticando outras listas, levantando por sua análise uma avaliação negativa da presença de títulos de filmes em listas de outros meios de comunicação, como se unicamente a dele, fosse realmente a que defini tudo. Talvez pra ele, na lista das listas de melhores filmes, a dele fique em primeiro lugar. O vencedor!


Basta lembrar que há listas com opções altamente questionáveis, como colocar “Um Sonho de Liberdade” em primeiro lugar ou incluir obras tecnicamente sofisticadas, mas com roteiros pobres como “Avatar”; ou ainda francamente descartáveis como “A Princesa Prometida”. Ademir Luiz, revistabula.com
A Lista apresentada por Ademir é para "corrigir essas distorções", então,  intitulados pelo direito universal de criar a lista mais precisa de todos os tempos, a Revista Bula em parceria com a ONU e os Iluminati, se incumbiram de determinar os 100 melhores filmes do planeta.  Claro, que ele criou parâmetros que vai da relevância dentro do gênero, o apuro estético e artístico dos filme e etc. Pelo menos, na sua finalização o autor deixa claro que "a lista não é definitiva, pelo menos até amanhã." Desculpas, caro Ademir, a lista em si nunca foi definitiva, nem mesmo ontem. Pra mim ela sempre foi ultrapassada, cansada, velha. Uma obra cinematográfica só tem como parâmetro de avaliação sua própria história, por que um filme não é simplesmente uma história contada é uma história vivida por quem o assisti, e o expectador de longe, bem de longe mesmo, nunca deixara de ser o único a determinar se aquela história foi ou não impactante em sua vida, isso, claro, sem criar uma lista.

Para quem quiser ler a lista e também dá sua opinião, segue o link:
http://www.revistabula.com/7073-a-lista-definitiva-dos-100-melhores-filmes-de-todos-os-tempos/

05 Dicas de Direitos do Consumidor - Faça valer!

30 junho 2016 Nenhum comentário

Vou sair totalmente da ideia geral do blog para tratar de um assunto que, ultimamente, tenho sentido uma certa atração: desrespeito com o consumidor. O País em crise e várias empresas/lojas/franquias baixando as portas por tempo indeterminado e parece que alguns empresários não acordaram para perceber que nós, seus clientes, quando existe uma relação de confiança, geralmente voltamos a comprar ou consumir o seu produto. 

A Crise não existe? Não é por que os carrinhos de ursinhos que as crianças rodopiam pelo shopping tem fila de espera, que não existe crise. Existe sim e é enorme. Recentemente estive no centro de São Paulo, principalmente 25 de março e Mercadão, várias lojas fechadas e com placa de aluga-se, aqui em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, nos últimos seis meses, três franquias da praça de alimentação fecharam as portas. Ou seja, a crise é quase nossa sombra. 

E este é o momento de realmente, nós, consumidores, passarmos a peneira na qualidade do atendimento, na atenção durante o serviço, na limpeza do ambiente e até mesmo, na falta de troco que algumas mocinhas dos caixas nos enchem perguntando: O Senhor não tem moeda? O Senhor não tem trocado? Ai, meu Deus, tem duas de dez? - Então, para o ajudar, separei aqui algumas dicas de direitos que alguns consumidores não conhecem, para estarem afiados e no momento que precisar, banquem os conhecedores de artigos do código de defesa do consumidor. 

Lá vai:

1. Os 10% do garçom não é obrigatório

Quem nunca detestou o atendimento do garçom e ao final viu lá os 10% bonitinho sendo acrescentado em sua conta, e teve receio de solicitar a retirada com medo de passar por constrangimento. Pois anota aí, de acordo a Constituição Federal, no artigo 5, inciso número II, "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei", mas como assim? Simples, essa cobrança não tem nenhum apontamento no Código de Defesa do Consumidor, sendo assim, não existe nenhum tratamento ou regulamentação que te obrigue a pagar o tal do 10%.

2. Estacionamentos são responsáveis por objetos deixados no interior do veículo

Não adianta colocarem aquelas plaquinhas chatas de "não nos responsabilizamos por objetos...", se responsabilizam SIM!, de acordo com a Súmula 30 do STJ, se algo for danificado ou roubado do interior do veículo, a culpa é do estacionamento. Isso é claro, pagamos tão caro por nenhum serviço ofertado? Façam valer seus direitos. 

3. Perdeu a comanda de consumo?

O Estabelecimento deve possuir o meio próprio de controle de consumo, não é da responsabilidade do cliente ficar se preocupando em levar e guardar a tal comanda. O Código de defesa do consumidor tem dois artigos que tratam do assunto, no Artigo 39, inciso V e no Artigo 51, inciso IV. Pois cobrar do consumidor algum tipo de multa ou valor exorbitante devido a perda da comanda, de acordo aos artigos do CDC é "exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva"

4. Lei do arrependimento

Caso você adquira algum produto pela internet, você tem até 7 dias para desistir da compra, isso mesmo: Sete dias. Então, fez a compra e percebeu no outro dia que encontrou mais barato, peça o estorno do valor e refaça a compra. A Lei do arrependimento se encontra no artigo 49 do CDC.

5. Custos com serviços de Bancos

Para finalizar, uma listinha dos serviços bancários que você tem direito gratuitamente por mês, de acordo com a resolução nº 3.919/2010 do Banco Central do Brasil:

04 Saques
02 Transferências
10 Folhas de cheque
02 Extratos

E para finalizar, se o gerente ou atendente ficar com dúvidas sobre o seu posicionamento, solicite a ele a cópia do exemplar do Código de defesa do consumidor, que todo estabelecimento comercial é obrigado a possuir, e leia para ele o seu direito. 



As Tartarugas Ninjas: Fora das Sombras + Podcast

28 junho 2016 Nenhum comentário


Santa Tartaruga! O novo live action do famoso desenho As Tartarugas ninjas chega aos cinemas de todo o mundo, com um bom filme, várias referências ao clássico desenho animado e aos filmes que foram sucesso nos anos 90, e claro, com pedaços de pizza voando pelos ares. Michelangelo, Donatello, Leornardo e Raphael criados digitalmente com uma aparência bem duvidosa, são as tartarugas modificadas em laboratórios que ganham uma evolução no DNA, com aspectos humanoides e super poderes como força e agilidade defendem Nova York de vilões bem casca duras. 

O Primeiro filme com este novo visual do quarteto nova yorkino chegou aos cinemas em 2014. O Reboot não foi tão bem aceito pelos fãs e pela crítica, com diversas divergências de opiniões sobre o aspecto realista em que as tartarugas foram apresentadas, fugindo totalmente dos padrões adotados nos anos 90 e nos desenhos animados. Na primeira aventura, doses de humor bem sarcásticos,um vilão já bem conhecido, o Destruidor, e a presença feminina de Megam Fox tentaram salvar o filme do total fracasso. No entanto, a continuação As Tartarugas Ninjas: Fora das sombras foi anunciada ainda antes da estreia do primeiro filme. 

Dois anos depois, tempo recorde para continuações, Fora das sombras é recebido, assim como o seu sucessor, bem friamente. Porém, com um roteiro lotado, entenda, eu disse LOTADO de referências ao desenho original e aos filmes que nunca cansávamos de rever na sessão da tarde, é de encher os olhos de magia. Na nova aventura, o Destruidor foge da prisão e se une a um novo super vilão para destruir a terra, começando, claro, por Nova York, lar dos queridos tartarugas.


Com pouquíssimas aparições do mestre Splinter, os Tartarugas Ninjas precisam deixar suas diferenças de lado e juntos ajudar a polícia de Nova York a recapturar o destruidor antes que a cidade toda vá pelo ares. No caminho da destruição iminente, o policial Casey Jones se une a bela April, personagem de Mega Fox, e aos Tartarugas para um combate em equipe. Bebop e Rocksteady, quem assistiu aos desenhos devem lembrar desses dois, eles são os bandidos que após expostos a uma gosma de outra galáxia, seu instintos animais ficam bem aflorados, tornando-se um Rinoceronte e um jivali, com forças surpreendentes que somente os tartarugas podem conter. 

Os Tartarugas ninjas: fora das sombras é um filme que deve ser visto como entretenimento, um roteiro bem convincente, com personagens que já conhecemos e uma história criada para entreter e divertir. Não vamos exigir muito, de quem salva o mundo e vive escondido nos boeiros da maior cidade do mundo, com medo de não serem aceitos pela sociedade, esta que eles salvam já há dois filmes. 




Malária, curta brasileiro experimental ganha prêmio de Tarantino

26 junho 2016 Nenhum comentário

O audiovisual brasileiro é um dos mais promissores do mundo, o que falta ao segmento é um maior investimento para que tantos projetos bacanas, saiam do papel e cheguem até as telonas dos cinemas. Sempre disse e sempre afirmo isso, nosso cinema é uma das nossas culturas mais promissoras, porém a menos valorizada pelos próprios brasileiros. Grande prova disso é o vencedor do concurso Django Unchained Emerging Artist Contest que foi um curta brasileiro, a produção, tem a direção de Edson Oda, que utiliza de técnicas experimentais para apresentar um embate de personagens ao estilo bang bang. Malária foi apresentado pelo diretor Quentin Tarantino durante a ComicCon de 2012. 

Confiram:


Esteban e Tay: Nova geração do amor á música.

11 junho 2016 Nenhum comentário
Faz tempo que não falo de música aqui no blog, mas tava com saudades, e por causa desse sentimento, e mantendo a ideia de apresentar bandas ou artistas ainda não tão conhecidos ou do cenário underground nacional, venho apresentar à vocês algumas boas personas de uma região do país: o Sul, especificamente do Rio Grande do Sul, são elas:

O romancista da Bad, ESTEBAN TAVARES.


Quem conhece o trabalho solo de Humberto Gessinger da banda Engenheiros do Hawaii, com certeza já deve ter ouvido falar do guitarrista Esteban Tavares. Ou, quem acompanhou a ascensão da banda Fresno, também já vai conhecer de imediato, pois Esteban foi também integrante da banda Gaúcha por seis anos. Desde então, Esteban vem promovendo seus discos solos e participando de algumas canções de amigos, em sua maioria também da região Sul. 



Conheci Esteban em seu último show aqui em Fortaleza, uma apresentação acústica e acompanhada de algumas latinhas de cervejas e cigarros, ação que garantiu uma boa bronca da direção do Dragão do Mar, dias depois, o centro cultural anunciou que o cantor está totalmente proibido de voltar a se apresentar em qualquer um dos seus espaços. Porém, este triste posicionamento do cantor, não o tira do mérito de possuir, atualmente, um repertório sensacional de músicas que tocam e dançam com a alma de quem o escuta. 

Esteban é um poeta da vida. Seus fãs, todos com as letras na ponta da língua, acompanham com um ritmo descomunal cada refrão das canções, um embalo que somente havia visto pela última vez, em um show de Tulipa Ruiz, curiosamente, também no mesmo espaço em que assisti ao show de Esteban.

Desde 2012, Esteban lança anualmente um novo álbum, o mais recente, Saca La Muerte de Tu vida, não é um dos melhores de sua carreira, mas sem dúvidas tem todas os sentimentos que tornam Esteban Tavares em uma paixão para quem o escuta, Tavares canta pra si, o que cada um de nós, cantaríamos para nós mesmos. 



A doce TAY GALEGA.



"... mas nada me faz melhor, do que a minha menina..." trecho da música Minha menina da gaúcha Tay Galega, e prepare-se para quando escutar pela primeira vez esta canção, colar o dedo no botão de replay por um bom tempo. A Voz macia e, extremamente doce, faz Tay repassar para suas músicas uma representatividade enorme dos melhores sentimentos possíveis. 



Em 2014, Tay preparou seu primeiro EP a partir de um financiamento online pelo Catarse, na época, a jovem já tinha participado de algumas bandas em seu estado e tinha um canal no youtube aonde publicava covers de músicas consagradas. O sucesso do seu primeiro disco consagrou por uma vez por todas que Tay merecia mais espaço do que ela pretendia. O timbre da sua voz e sua presença marcante de palco deve ser vista por quem admira músicas autorais e de boas sensações. Vida longa à esse grande amor. 










Séries para ver no Netflix, que pouca gente vê.

05 junho 2016 Nenhum comentário
Série que faz sucesso é motivo pra debates, memes para facebook, estampas para camisas, livros de ilustrações, sites especializados e spoilers soltos pela rede, viram moda. O que é o auge em arrecadações cada vez mais milionárias para os produtores, para quem assiste, sinceramente, fica tudo um tédio. Tudo passa a ser analisado, comentado, criticado e por fim, a série icônica pode ir do céu ao inferno em questão de uma temporada. Lembra de Lost? Smallville? Arquivo X? Heroes? Sucesso nas primeiras temporadas e morreram bombardeadas pela própria crítica que as elogiavam. Então, eu, tenho me permitido a assistir séries que ainda não caíram tão no gosto popular, mas seguindo três regras básicas:

1. No mínimo duas temporadas já completas disponíveis;
2. Ter temporadas com 12 ou 14 episódios, mas do que isso, são séries enfadadas a enrolação;
3. Ser disponibilizada no netflix. 

Nesta primícia, preparei uma lista das séries que acompanho atualmente e que indico à quem deseja acompanhar uma série bacana e que ainda não seja motivo de blábláblá nas redes sociais. 

Bloodline (2 Temporadas)  (12 episódios por temporada) (Netflix)


Na primeira temporada, somos apresentados a família Rayburn's, donos de um dos mais importantes hotéis de Florida Keys, litoral extenso e magnífico que faz fronteira com alguns países da América central. A fotografia paradisíaca da série deixa bem exposto o caráter de seus personagens que ao desenvolver da primeira temporada vão mostrando-se cada vez mais obscuros e lotados de segredos, que revelados culminam com um crime familiar. Mas não se preocupe, descobrimos qual membro da família é assassinado, e quem são os assassinos já no episódio piloto, a trama em si, ocorre nos motivos que levaram até o desfecho final. O roteiro bem estruturado passeio por flashbacks em alguns episódios, mas sempre nos desloca para a história dos personagens centrais, deixando evidente que heróis e vilões são as mesmas pessoas. A segunda temporada apresenta os eventos ocorridos logo após o assassinato e como os Rayburn´s não conseguiram guardar tantos segredos por tanto tempo. 

Marvel´s Jessica Jones (1 Temporada completa) (13 Episódios) (Netflix)


Menos embalada que a queridinha Demolidor, a adaptação de Jessica Jones para o Netflix tem alguns potenciais que garantem uma diversão bem bacana. Ao fugir do título de super herói, Jessica Jones volta aos trabalhos de detetive particular, embora que entre um caso e outro seja necessário utilizar seus super poderes, os quais a tornam quase invencível, ela precisa manter o foco e dá um novo rumo à sua vida. Porém, um grande inimigo reaparece e ela precisa decidir se vai deixá-lo encontrá-la primeiro ou ela irá atrás dele e acabar de uma vez por toda com o seu mega poder. Ressalto que Jessica Jones possui um dos maiores e mais aceitáveis vilões da Marvel nestas recentes adaptações, e o fio condutor deste primeira temporada, está realmente no confronto entre Jessica e Kilgrave. A segunda temporada já está confirmada e deverá estrear ainda este ano no Netflix. 

The Ranch (1 Temporada) (20 episódios de 30 minutos) (Netflix)



Comédia tipo enlatado americano com Ashton Kurten no papel principal. Série para rir com ótimos diálogos e sequências hilárias com caricatos personagens que representam bem os estilos do interior dos Estados Unidos. No piloto, o quase astro Colt Bennet retorna a sua cidade natal no Colorado para morar com os pais após não ter dado certo como jogador semi-profissional de futebol americano. Criada realmente para nos conduzir a episódios sobre o dia a dia de uma família nada convencional no real estilo americano de se viver. Muito boa!

Agora, é só tirar a poeira do controle remoto e dá uma conferida nas séries que indiquei. Depois, passa aqui no blog e deixa sua opinião. Boa diversão galera!

X-men: Apocalypse

25 maio 2016 Nenhum comentário

O primeiro filme X-men foi uma das primeiras adaptações dos quadrinhos a chegar a tela dos cinemas no início da década passada, acompanhada do sucesso estrondoso da primeiro Homem-aranha, os dois filmes contribuíram positivamente para que longas de super-heróis fossem produzidos quase por escala de produção, se analisarmos, atualmente são três ou quatros por ano. Mas antes que esta "criatividade" fique saturada, o que realmente está muito próxima de acontecer, as histórias continuam sendo contadas, artifícios como viagem no tempo, viagens ao futuro, ou até mesmo o famoso "o início", vem sendo usado de forma a conseguir contar novas histórias, interligando todos os filmes já lançados. Alguns roteiros conseguem, outros, apenas confundem tudo, como é o caso de X-Men: Apocalypse. 

X-men: Apocaypse acontece nos anos 80, ou seja, antes dos acontecimentos da primeira trilogia dos mutantes, neste, o jovem professor Xavier recebe diariamente novos alunos mutantes em sua escola, Erik Magnus, Magneto, trabalha em uma siderúrgica e mora com sua esposa e filha em uma pequena cidade, Mística visita vários lugares do mundo ajudando mutantes que sofrem de alguma forma com o preconceito dos humanos e assim, tudo parece caminhar para a normalidade, e a possível aceitação dos humanos para a existência de mutantes é cada vez mais uma realidade. Porém, durante o culto de uma seita com devoção à um deus antigo dentro das ruínas de uma pirâmide no Egito, o vilão En Sabar Nur renasce, trazendo consigo toda a força e os poderes acumulados durante séculos. Daí então, tudo começa a sair do controle, acreditando ser o pai de todos os mutantes, En Sabar Nur reúne quatro super mutantes para iniciar o que ele chama de limpeza, dizimando todos os humanos, para que os mutantes possam viver em paz, sob o seu comando. Entenderam a criatividade dos roteiristas?

É Neste filme que descobrimos os traços de humanidade de Magneto, embora em outros filmes este seu lado sentimental tenha também sido demonstrado, em X-men: Apocalypse descobrimos o que realmente o motivou a acreditar que os humanos para sempre estarão contra os mutantes. Este motivo de ódio acaba por deixá-lo mais próximo de En Sabar Nur, e a união destes vilões vai dá muito trabalho a equipe de mutantes comandada pelo professor Xavier e pela Mística, personagem de Jennifer Lawrence que ganha mais espaço do que deveria dentro da trama. 


Com um início longo e lotado de clichês, X-men: Apocalypse tenta reinventar a forma de apresentar seus personagens, porém, com muitos mutantes à serem apresentados, alguns ficam perdidos dentro de sua própria história. Em compensação, as passagens de Mercúrio e Neturno são sensacionais, e dão ao filme o sentimento jovial necessário para essa nova leva de admiradores das histórias dos mutantes. Jean Grey, Tempestade, Cyclops e a rápida aparição de Wolverine, apenas garante ao quarteto da formação original dos X-men uma participação obrigatória, mas sem fundamentos, já que a história de cada um é contada de maneira rápida e no caso de Tempestade e Jean Grey, quase que desnecessárias. O Professor Xavier então, esse sim, não tem mais o encanto de outrora e é o responsável pelos diálogos mais enfadonhos de todo o filme. 

X-Men: Apocalypse é mais um resultado ruim para uma saga de filmes que vai de uma ponta a outra no quesito satisfação, se na trilogia original os dois primeiros filmes são sensacionais, e o terceiro, foi abominado até mesmo pelo estúdio que o produziu. Esta nova trilogia tem em X-men: Apocalypse o seu mais infeliz momento. Agora é torcermos para que em um futuro próximo, não tenhamos um filme dos mutantes tão cedo, para que possamos acalmar tal decepção. 

Em tempo, o 3D é péssimo. Muitas cenas dos filmes são bem escuras e com o óculos ficam quase ilegíveis. 





Sem episódios inéditos de sua série preferida? Tenho 5 dicas para você.

24 maio 2016 Nenhum comentário
 
Por mais que existam centenas de séries no ar atualmente, nunca, nunca, NUNCA! Conseguiremos curar a saudade de uma série que você já viu todas as temporadas disponíveis, ou que já tenha sido cancelada, ou que esteja bem longe de estrear uma nova temporada. Essa necessidade de querer episódios novos constantemente já existe a muito tempo, embora nos anos 90 e 00, quando os canais lançavam os box's por temporadas em DVD, a nossa dor era curada ao poder reassistir toda aquela leva de episódios, que embora já vistos, eram um ótimo escape até iniciar o novo ano. Mas o Netflix veio para acabar com tudo de uma vez, ao disponibilizar a temporada completa on-line, você corre para ver tudo de uma vez por todas e no final das contas, prazer passageiro. Quando se ver, dez, doze e até 24 episódios vão embora em um final de semana. 

Mas calma amigo leitor, tenho algumas soluções. Como ando com um gosto de abandono desde minha última maratona da segunda temporada de Demolidor e a quarta de House of Cards, meio que fiquei boiando no espaço sem saber qual sentido dá à uma vida como a minha, sem episódios inéditos das minhas séries preferidas. Então, listei algumas coisas que podem ser feitas nesse período de quase um ano sem nossos personagens preferidos. 

Dica 01 - Encontrar outra série tão boa quanto a série que estamos com saudades.
 
Tarefa árdua e dolorosa, ninguém quer suprir a necessidade de comer uma coxinha por um exercício físico, é mais ou menos assim que eu analiso quando é necessário trocar uma série que gosto muito por alguma que nem sei se vai ter outra temporada, isso, costumo ser bem pessimista com séries que não acompanho. Mas sempre é bom dá uma oportunidade à outras séries, então, ou você da uma "zapeada" pelos canais por assinatura, ou abusa e usa do Netflix. Como sugestão e para facilitar sua aprovação, busque séries que estão dentro de uma temática que você já curte, tipo, curtiu House of Cards, tenta algo como The West Wing, seriado fantástico do início dos anos 00 que tratava também de política, ou então, você gosta de Demolidor, então tenta ver alguma outra série de heróis, o que não anda difícil nessa temporada, pois você tem à sua disposição: Jessica Jones, Gothan, The Flash, Arrow, Agents of Shild, SuperGirl e até Smallville. O que não falta é seriado, então, manda ver.
 
Dica 02 - Filmes Clássicos
 
Vou dá uma dica que a princípio parece meio maluca, mas você vai se surpreender quando der a oportunidade de ver algum filme clássico. Que tal uma maratona da trilogia do O Poderoso Chefão, quer algo mais longo? Que tal ver o fantástico, e bem moderno, ...E o vento levou, ou então, uns clássicos mais recentes como Forrest Gump, Os Indomáveis, Táxi Driver e até Titanic. Pra te ajudar, pega uma listinha destas da internet de 10 filmes que você deve ver antes de morrer, é um bom começo.
 
Dica 03 - Aprender a surfar ou fazer trilha
 
 
Que tal deixar a Tv e o controle remoto um pouco de lado e se aventurar na natureza, para a maioria dos leitores do blog que, com certeza, vivem nas grandes cidades, isso parece um pouco impossível, caro e cansativo. Mas colega, arrisque-se a respirar um ar mais puro e nunca mais você vai querer saber de Wi-fi, minto, mas que vai se desapegar um pouco, isso vai. Primeiro, você tem que analisar o que está mais acessível a você: praia ou serra, escolha um, prepare-se, leve bastante água e frutas, consiga um companheiro ou companheira para aventura, e manda ver. Você só tem a ganhar.
 
Dica 04 - Ler um livro
 
Ler o livro é viver a história de uma outra pessoa, é ser transportado para mundos diferentes que, mesmo que o autor descreva o máximo possível o ambiente e os personagens da histórias, somente nós, leitores poderemos fazê-los existir dentro da nossa mente. Tem mágica melhor? Tanto que a quantidade de adaptações de romances para as telas de cinema tem aumentado cada vez mais, então, lembra daquele livro que você ganhou no amigo secreto do ano passado? ou então comprou na última bienal por que estava baratinho? Inicia a leitura hoje, antes de dormir, tenho certeza que você não vai conseguir parar de ler.
 
Dica 05 - Interagir com a sociedade
 
PESSOAS. Não vamos esquecer que estamos rodeados de pessoas e devemos saber aproveitar a vida ao lado desses seres humanos, que provavelmente ou são a nossa família, não importa quem o seja e qual seja quantidade, ou então são nossos amigos. Faz assim, lembra de todas as dicas acima? Faça cada uma delas com uma pessoa diferente, alguém que realmente você gosta, interaja. Mas faça isso rápido, a vida não é um seriado com temporadas e episódios de 40 minutos.
 
 
 



Quatro curtas de terror!

22 maio 2016 1 Comentário

O Youtube é um universo de vídeos, e pasmem, não é só feito de youtubers em busca do sucesso imediato ou dos vídeos de memes que cansam com o tempo. Vasculhando a rede, encontrei alguns curtíssimos filmes que tem como gênero o terror ou suspense. Separei alguns para vocês, divirtam-se!

1° Night Night Nancy

Já imaginou você acordar no meio da noite e ao dá aquela olhada básica no celular, encontrar fotos suas dormindo tiradas a pouquíssimo tempo? Sozinho em casa, o que você faz? Claro, que o medo toma a conta e descobrir o que está acontecendo parece ser um pesadelo. No meu caso, acho que eu continuaria deitado, se fazendo que estava dormindo. Este curta de um estúdio americano é bem produzido e merece está no topo da lista.


2° Skypemare

Que tal, antes de dormir, colocar o papo em dia com sua melhor amiga? O Skype está ai para isso, então vamos aproveitar. O problema é que sua amiga está sozinha em casa e você vê, entre a penumbra da casa dela, que ela não está sozinha. Sua amiga é assassinada na sua frente, como você pode ajudar? Este curta participou de vários festivais de filmes com temáticas para o horror, terror e suspense. Um ótimo e criativo curta com um final surpreendente. 




3° Yummy Meat 

É Halloween e as crianças estão na ruas batendo de porta em porta, com a pergunta básica: Doces ou travessuras? Bem, com este curta você vai descobrir que nem sempre esta pergunta é levada a sério. Um curta grotesco e cheio de sangue que chega para nos lembrar que crianças devem ser levados a sério. 




4° Voyeur

Para encerrar nossa lista, este curta apresenta um casal em seus melhores momentos, os amantes parecem ter se divertido muito a noite. O que eles nem imaginam é que alguém gravou e filmou toda a brincadeirinha sexual, agora, eles vão ser perseguidos pelos seu fã número 1. 






O que estamos fazendo com o Brasil?

18 maio 2016 Nenhum comentário


Em recente apresentação de Cláudia Raia no seu musical, Raia, 30, no belíssimo cineteatro José de Alencar em Fortaleza, Ceará, a atriz levantou uma questão partidária, quando, acredito que improvisado, diante dos acontecimentos políticos daquele enfadonho dia, bradou: O que seria pior na vida que dormir PT e acordar PSDB? Lembro que puxei as palmas, esta indagação tinha, exatamente, a indignação que eu havia deixado engasgar na garganta, por fim, o teatro todo ovacionou a colocação, alguns brandaram dali, outros daqui, mas em sua maioria, aplaudiu. Uma semana depois, assim como era esperado acontecer, a Presidenta Dilma foi afastada de seu cargo por 180 dias e o vice presidente, Michel Temer, tornou-se a maior autoridade do país. 

O Brasil escureceu-se, perdeu-se o brilho dos olhos de seus brasileiros, o encanto dos quilômetros de litoral pareceu secar, as estrelas parecem sem vida e o tempo não para de regredir. Como se as páginas que voavam por vencerem-se no limite das horas, retornam-se ao aspiral do calendário preso na parede da cozinha, e assim, o retrocesso dá-se cada vez maior. Um salto contrário ao tempo. Um governo que em 24 horas de posse retirou o direito a cultura de toda uma sociedade, e por achar pouco, retirou da sociedade o gay, a lésbica, a mulher ao, em um golpe único, provê o desaparecimento do ministério da Cultura e do ministério das mulheres, da igualdade racial e dos direitos humanos. 

As panelas que antes era batidas por um Brasil melhor, sem corrupção, deu espaço para combater o desemprego com mais desempregados.

O Protesto realizado pela equipe do filme Aquarius durante a premiere do filme no Festival de Cannes, quando com cartazes em inglês, português e francês, atores, atrizes e produção fez o mundo entender que o Brasil estava com um governo ilegítimo, que chegou ao poder com um golpe comandado pelo vice presidente. Enquanto o mundo todo reconhece a evidência do golpe instaurado dentro de nosso país, alguns de nossos vizinhos, brasileiros natos, continuam a acreditar que Temer chegou ao poder para acabar com a corrupção no país. E esses, até criticam a ação realizada durante Cannes, ao anunciar que os profissionais que ali estavam, são "mamadores" de dinheiro público. O pastor Marcos Feliciano, em vídeo postado em sua rede social, até sugeriu que esses, que reclamavam do fim do ministério da cultura fossem em busca do ministério do trabalho, mandando-os procurar emprego de verdade, por que trabalhar com cinema, não é emprego. Disse ele, que tem como profissão ser pastor. 

Para um filme sair do papel e chegar na telona é um processo árduo que envolve muitos PROFISSIONAIS, as três principais etapas do processo, formada pela pré-produção, quando estuda-se o roteiro, visita locações, contrata atores e toda a equipe, a produção, quando o filme começa a ser rodado com ajuda de eletricistas, motoristas, marceneiros, costureiros e etc, e por fim, a última etapa, a pós produção, quando vem edição do vídeo, divulgação e a exibição pelas centenas de cinemas em todo o Brasil. Imaginou a quantidade de pessoas, pais e mães de família e jovens que contribuem para que esse filme aconteça? E sabe qual o produto final? O encantamento de quem assisti o filme. Os 3 milhões que o ministério da cultura contribuiu para a produção de Aquarius, tenho certeza, que de longe não bancou nem metade do longa. Porém, fico feliz por não ter sido necessário para sua criação o 10% do salário de ninguém, como é para a retirada do salário do emprego de pastor do querido Marcos Feliciano. 

Em dezembro, quando ainda caminhava a passos lentos e algumas manifestações brancas todo o caos que hoje está formado, tive a imensa oportunidade de ver Thaís Araújo e Lázaro Ramos em cena no teatro da FAAP em São Paulo com a peça O Topo da montanha, o texto baseado nos últimos dias de vida de Martin Luther King marcou profundamente toda uma plateia, quando no último ato, a personagem de Thaís, enviada por Deus para recolher o espírito de Luther King, questiona se realmente conhecemos todos aqueles que lutaram pelos nossos direitos, dos diversos nomes internacionais, ela chega citar os brasileiros Milton Santos, Abdias Nascimento e Léila Gonzalez deixando uma única pergunta: O que nós fazemos por nós mesmos? Mas, o nós em questão, é o "nós" sociedade. E então, o que nós estamos fazendo pelo nosso Brasil?




Nise: O Coração da Loucura

16 maio 2016 Nenhum comentário

1946. Nasce a "Seção de Terapêutica Ocupacional" no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. Este é o ponto histórico que conduz todo o roteiro de Nise: O coração da loucura, filme nacional com direção de Roberto Berliner (produtor de Bruna Surfistinha) e a presença instigante de Glória Pires no papel da renomada médica psiquiatra brasileira que dá título ao filme. Conduzido de forma poética, Roberto nos apresenta uma história emocional que discorre sobre o ser humano de uma forma encantadora e reveladora. 

Nise da Silveira foi uma das primeiras mulheres a formar-se em medicina no Brasil nos anos 20, estagiou em um clínica neurológica, área a qual se dedicou e começou realmente a trabalhar ao ser aprovada em um concurso para psiquiatria em 1933. Ao ser denunciada por uma enfermeira pela posse de livros marxistas, Nise foi presa por sua ligação com o comunismo em 1936, após dezoito meses presa, Nise permanece afastada da área por um bom tempo, até mudar-se para o Rio de Janeiro, quando em 1944 retorna ao serviço público, reiniciando seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, o ponto de partida para a história contada por Roberto Berliner.

Gloria Pires dá vida a uma corajosa mulher que ao integrar a equipe de médicos do Centro Psiquiátrico, percebe-se minimizada pelos colegas de trabalho, que defendem técnicas agressivas com eletrochoques para tratamento dos pacientes da instituição, ao recusar tais procedimentos, Nise fica responsável pela terapia ocupacional, antes totalmente abandonada pela diretoria do Centro, a área ganha cor e encanto, Nise transforma a vida dos pacientes, que passam a ser chamados de clientes, e em breve, tornam-se grandes artistas plásticos reconhecidos nacionalmente, revolucionando os tratamentos ocupacionais tradicionais.

As áreas antes ocupadas com sucatas em um ambiente sem higiene, totalmente insalubre para a manutenção da vida saudável dos pacientes, Nise transforma-o por completo, transformando as áreas em um Ateliê de pintura e modelagem de barro. A liberdade oferecida por Nise e sua equipe aos "clientes", possibilitou que grandes obras primas nascessem do consciente de todos que participavam do grupo de atividade ocupacional. 

Roberto, que também assina o roteiro, conduz suavemente o expectador a outras histórias. Os pacientes aos poucos vão ganhando espaço e voz, o ator Claudio Jaborandy interpreta Emygdio de Barros um dos primeiros a retornar ao lar após o tratamento com Nise, Simone Mazzer emociona com sua Adelina Gomes e o jovem Raphael, papel de Bernardo Marinho, embala a trama com sua paixonite pela estagiária Marta, personagem de Georgiana Góes. 

O Cinema nacional reconhecido pelo humor, nunca perdeu sua majestade para os grandes dramas. Desde o cinema novo inspirado no neo realismo italiano, com o belíssimo Vidas secas, uma de suas maiores representatividades, até o recém indicado ao Oscar, Que horas ela volta?, temos um arsenal de obras cinematográficas que emocionam e curam ressacas, ressacas do tipo existencial como a proposta por Roberto ao contar a saga de Nise. Como bem diz o sub-título do filme, O coração da loucura.





 
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