X-men: Apocalypse

25 maio 2016

O primeiro filme X-men foi uma das primeiras adaptações dos quadrinhos a chegar a tela dos cinemas no início da década passada, acompanhada do sucesso estrondoso da primeiro Homem-aranha, os dois filmes contribuíram positivamente para que longas de super-heróis fossem produzidos quase por escala de produção, se analisarmos, atualmente são três ou quatros por ano. Mas antes que esta "criatividade" fique saturada, o que realmente está muito próxima de acontecer, as histórias continuam sendo contadas, artifícios como viagem no tempo, viagens ao futuro, ou até mesmo o famoso "o início", vem sendo usado de forma a conseguir contar novas histórias, interligando todos os filmes já lançados. Alguns roteiros conseguem, outros, apenas confundem tudo, como é o caso de X-Men: Apocalypse. 

X-men: Apocaypse acontece nos anos 80, ou seja, antes dos acontecimentos da primeira trilogia dos mutantes, neste, o jovem professor Xavier recebe diariamente novos alunos mutantes em sua escola, Erik Magnus, Magneto, trabalha em uma siderúrgica e mora com sua esposa e filha em uma pequena cidade, Mística visita vários lugares do mundo ajudando mutantes que sofrem de alguma forma com o preconceito dos humanos e assim, tudo parece caminhar para a normalidade, e a possível aceitação dos humanos para a existência de mutantes é cada vez mais uma realidade. Porém, durante o culto de uma seita com devoção à um deus antigo dentro das ruínas de uma pirâmide no Egito, o vilão En Sabar Nur renasce, trazendo consigo toda a força e os poderes acumulados durante séculos. Daí então, tudo começa a sair do controle, acreditando ser o pai de todos os mutantes, En Sabar Nur reúne quatro super mutantes para iniciar o que ele chama de limpeza, dizimando todos os humanos, para que os mutantes possam viver em paz, sob o seu comando. Entenderam a criatividade dos roteiristas?

É Neste filme que descobrimos os traços de humanidade de Magneto, embora em outros filmes este seu lado sentimental tenha também sido demonstrado, em X-men: Apocalypse descobrimos o que realmente o motivou a acreditar que os humanos para sempre estarão contra os mutantes. Este motivo de ódio acaba por deixá-lo mais próximo de En Sabar Nur, e a união destes vilões vai dá muito trabalho a equipe de mutantes comandada pelo professor Xavier e pela Mística, personagem de Jennifer Lawrence que ganha mais espaço do que deveria dentro da trama. 


Com um início longo e lotado de clichês, X-men: Apocalypse tenta reinventar a forma de apresentar seus personagens, porém, com muitos mutantes à serem apresentados, alguns ficam perdidos dentro de sua própria história. Em compensação, as passagens de Mercúrio e Neturno são sensacionais, e dão ao filme o sentimento jovial necessário para essa nova leva de admiradores das histórias dos mutantes. Jean Grey, Tempestade, Cyclops e a rápida aparição de Wolverine, apenas garante ao quarteto da formação original dos X-men uma participação obrigatória, mas sem fundamentos, já que a história de cada um é contada de maneira rápida e no caso de Tempestade e Jean Grey, quase que desnecessárias. O Professor Xavier então, esse sim, não tem mais o encanto de outrora e é o responsável pelos diálogos mais enfadonhos de todo o filme. 

X-Men: Apocalypse é mais um resultado ruim para uma saga de filmes que vai de uma ponta a outra no quesito satisfação, se na trilogia original os dois primeiros filmes são sensacionais, e o terceiro, foi abominado até mesmo pelo estúdio que o produziu. Esta nova trilogia tem em X-men: Apocalypse o seu mais infeliz momento. Agora é torcermos para que em um futuro próximo, não tenhamos um filme dos mutantes tão cedo, para que possamos acalmar tal decepção. 

Em tempo, o 3D é péssimo. Muitas cenas dos filmes são bem escuras e com o óculos ficam quase ilegíveis. 





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