Quem foi conferir Detona Ralph nos cinemas, teve a oportunidade de assistir o curta animado Paperman, produzido pela Walt Disney que o lançou recentemente no seu canal do youtube. A História do encontro entre um casal provocado pelo enxame de aviões de papéis é poético e criativo.
ELES SÓ QUERIAM SER FELIZ!
Estou certo de que, o número de mortos no incêndio na boate Kiss em Santa Maria no Rio Grande Do Sul tenha ultrapassado a quantidade declarada pelas autoridades. Não foram só os jovens que asfixiado pela fumaça perderam suas vidas, e sim seus pais, irmãos e amigos que neste momento e por todo o resto de suas vidas não esqueceram essa hora mais escura do domingo de 27 de Janeiro de 2013.
O ocorrido ocasionou nas redes sociais várias discussões sociais e religiosas, algumas delas desnecessárias mais também inevitáveis. Quem apenas chorou as mortes e manteve o luto pela vida dos que se foram, fez seu dever como ser humano, sem jus ou contra, quem apenas sofreu ganhou bem mais do quem comentou ou compartilhou algo que afetasse diretamente a moral sensação de que o acontecido poderia ter sido em qualquer outra situação, em outro lugar, com outras pessoas.
Aviões caem ou explodem no céu, tetos de igrejas caem, desmoronamento de terra leva inúmeras casas com famílias, prédios vão abaixo por nenhum motivo, trens saem dos trilhos, enchentes, terremotos e outros tantos desastres naturais ou não, estão ao nosso redor, levando parentes nossos, amigos de amigos, colegas e infelizmente, até nós mesmos. Mais o que nos leva a julgar que aquelas pessoas que estavam dentro da boate mereciam morrer? Querer se divertir é crime?
Religiosos discutem que a morte da centena de jovens na infeliz madrugada de domingo, era algo esperado, que eles estavam em um ambiente que não condiz com a religião cristã, já que consequentemente Boate é um ambiente para homossexuais e etc. Sinto nojo desses comentários, assim como alguns disseram: Eles poderiam está em casa, dormindo!, Sim, eles poderiam está em casa, mais decidiram ir pra vida, e se nada tivesse acontecido? Sabe como teria sido no outro dia? Eles dormiriam até tarde, e quando acordassem iriam postar fotos no facebook, iriam compartilhar e dizer: “Ontem foi muito massa!!!”, “Kiss ontem foi show!!!” Mais isso não aconteceu.
A Tristeza da grande quantidade de jovens mortos, é de uma dor imensa e intensa. Eles não mereciam morrer ali e naquele momento, eles tinham aula na segunda, tinham trabalho na primeira hora da semana, eles tinham vida, família e sonhos.
O ponto final trágico é comovente pela sua maneira, afinal, não importa como e por que, importa-se que vidas foram interrompidas, deixaram de existir. E se o ocorrido fosse em uma igreja, em um local de trabalho, ou qualquer outro ambiente, estaríamos tristes da mesma forma.
* Texto originalmente publicado no portal www.odivulgador.net o republiquei aqui, por ser um dos mais pessoais que faço em anos.
AntiChrist e toda sua densidade
No lugar de aplausos,
escutou-se vaias e críticas para o filme que acabara de ser exibido, em uma das
noites do festival de Cannes em 2009. O Diretor entrevistado logo depois,
quando saia do evento, questionado sobre o parecer do filme e a recepção
calorosamente desastrosa da plateia, ele respondeu que o importante foi
finalizar a obra, e que se fosse bom ou ruim, considerava uma vitória apresentar
o longa. Lars Von Trier e o seu AntiChrist provocam os seus espectadores até hoje, e por muito tempo o fará, este filme densamente doloroso é feio de
ser ver, mais impossível de ser esquecido.
Primeiro a obra: AntiChrist. Um casal faz sexo, enquanto
o filho, desce do berço, atravessa o quarto, fica sob a janela e cai. Entregues
ao prazer, nem o pai e nem a mãe tomam a atenção para o filho, podendo por
diversos momentos evitar a tragédia. Inconformada com o acontecido a mãe, papel
de Charlote Gainsbourg de A Noiva
perfeita, fica fora de si e entrega-se
ao sofrimento, e para ajuda-la o esposo, Willem
Dafoe de Homem-Aranha, a leva para uma cabana na busca que o contato com a
natureza possa normalizar os sentimentos. Grande engano.
Explícito e excessivo, Trier
e sua audácia pode causar mal estar a expectadores não avisados. AntiChrist é denso, pesado, escuro e longo.
Uma fotografia escura, suja e abstrata é o suficiente para jorrar na cabeça de
quem assiste, o controle obscuro que o diretor consegue manter, desde a representação
das diversas cenas de sexo, que intercalam-se em uma gradual violência,
representando o controle que o desejo carnal possa provocar no ser humano vulnerável
até a sanidade dos personagens que se perde no escuro da floresta.
Mesmo que a receptividade
desta obra não tenha sido uma das melhores, ela destaca-se por seu significado.
AntiChrist e toda sua perversão destaca o pior lado do ser humano, mergulhar-se
em o que é real e ficção, sem discutir e querer buscar o que
é o certo para nós, e não para o limite intelectual da sociedade, torna-se uma obrigação.
AntiChrist mostra o lado interno, de
forma extravasada, daqueles que não gritam, não choram e não vivem suas dores.
Dicas de Filmes Musicais - Parte 1
Les
Misérables, musical com direção de Tom Hooper, ganhador do Oscar por O Discurso
do Rei, deverá estrear por aqui no inicio de fevereiro. Protagonizado por Hugh
Jackman e Anne Hathaway, ambos indicados ao Oscar, o longa trata de mais uma
adaptação do romance escrito por Victor Hugo em 1862. Na onda dos musicais no
mundo do cinema, e enquanto este não chega, preparei uma lista de três
musicais, gênero do cinema, pelo qual tenho grande apreço.
1.
The Rock Horror Picture Show
RHPS
para os fãs, este mistura música com elementos sobrenaturais, comédia e ficção.
Lançado pela primeira vez no Reino Unido em agosto de 75, o longa conta a
história do casal Brad e Janet, que com o pneu do carro furado no meio da
estrada, decidem pedir ajuda em um castelo próximo. Representando uma sátira
aos filmes e séries da ficção científica, RHPS tornou-se um clássico do gênero,
os números musicais já mencionados e também representados em outros filmes como
no recente “As vantagens de ser invisível” e no seriado “Glee”. Science Fiction e Touch-a, Touch-a, Touch me são uma das músicas mais conhecidas.
Ainda
em cartaz em um cinema em Munique, RHPS tornou-se cult, nas exibições
periódicas que acontecem em cinemas nos Estados Unidos, as pessoas vão
fantasiadas dos personagens e efeitos são programados para ocorrerem durante o
filme com a participação da plateia.
2.
Mary Poppins
O
encantador musical da Disney estreou em 1964 e até hoje sustenta seu enorme
poder de conquista do expectador. A história da babá Mary Poppins e seus
pupilos Jane e Michael, um casal de irmão sapeca, encantam desde a abertura,
quando Mary Poppins sentada sobre as nuvens, prepara-se para descer voando com
seu guarda-chuva para uma Londres poluída por chaminés.
Ganhador
de cinco Oscar, inclusive para Julie Andrews por sua mágica interpretação de
Poppins, o musical consegue envolver de adultos a criança com as mais criativas
e cativantes interpretações dos personagens, que na verdade, são um
encantamento a parte, cada um tem seu espaço e motivo de existência na narrativa.
Mary Poppins tem a delicadeza de um filme para crianças com uma seriedade e
lições de morais para um drama familiar.
3.
Chicago
Richard
Gere, Reneé Zellweger e Catherine Zeta-Jones protagonizam este ótimo musical
lançado em 2002. Com treze indicações ao Oscar, levando ainda seis estatuetas,
incluindo a de melhor filme, Chicago apresenta a história de duas assassinas
que se conhecem na prisão, sendo o apelo maior para a “celebridade instantânea”,
já que as duas querem ser famosos, seja a qualquer custo.
Baseado
em uma história real de duas mulheres que ficaram famosas após cometerem um
assassinato e serem absolvidas na década de 20, que foi adaptada para uma peça
de teatro, depois para um musical e em 1927 teve sua primeira vez nos cinemas.
O Filme dirigido por Rob Marshall tem as melhores interpretações de música que
o cinema não mostrava a tempos.
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