OZ - 1939/2013

24 março 2013 Nenhum comentário
Duas realidades e a mesma fantasia:

Um filme lançado quando a fantasia e o sonho faziam parte da receptividade de um bom filme:


Um filme prelúdio do O Mágico de Oz, acima, tão bom quanto o seu antecessor:


A diferença está na época de seus lançamentos. Afinal, em 1939 as pessoas acreditavam em uma fantasia pura. 

Os Croods

22 março 2013 Nenhum comentário



Já se foi o tempo em que as animações atraiam para as salas de cinemas apenas crianças e seus pais, hoje, adultos e jovens são atraídos cada vez mais pelas aventuras e os dramas dos personagens animados e seus mundos coloridos. As narrativas são alegres, motivadoras e cheias de lição de moral, o que agrada com humor, se dilui nas lágrimas que encharcam os olhos nos emocionantes finais. Foi assim com O Procurando Nemo, A Era do Gelo e suas infinitas continuações, na história da arara azul em RIO e agora com a família das cavernas Os Croods.

Comandada pelo patriarca Grug Crood (Voz de Nicolas Cage), toda a família passa a maior parte do tempo trancados dentro de uma caverna, evitando os riscos e as intemperes naturais, consequentemente sobrevivendo ao mundo selvagem por mais tempo. As saídas da caverna acontecem apenas uma vez na semana, quando todos devem ajudar na busca pela alimentação. Para a jovem Eep Crood (Voz de Emma Stone), essa não é a vida que ela deseja viver, sua curiosidade vai além, está no sol que desaparece a noite e no mundo que existe além do buraco escuro de sua caverna.

O medo da mudança e do novo, é constante na família Croods, o histórico de outra famílias que decidiram se arriscar e acabaram sendo vítimas de alguma fatalidade provoca em Grug um assombroso medo do que poderia acontecer a sua família. Tudo muda quando a caverna em que eles moram é destruída e um novo mundo surge, um novo mundo a ser descoberto.

A graça de cada integrante da família Croods é muito bem desenvolvida, cada um tem seu espaço e vez na narrativa, provocando gargalhadas ou apenas levando a atenção do espectador para as emoções de suas decisões. A verdade é que os Croods é uma família como toda outra qualquer, as questões externas influenciam no convívio mais não são suficientes para desfazer os laços fraternos, capazes de sobreviver a qualquer momento difícil de convivência.

Claramente irão surgir novas aventuras para a família, e continuações devem pipocar nos próximos anos, o melhor e esperado é que os valores propostos nesta primeira aventura seja mantida. Em momentos que o próprio ser humano, relaxa e se desfaz dos momentos de felicidade, esta animação é capaz de mostrar e ensinar as crianças, jovens e adultos vários valores necessários a sua compreensão da vida e principalmente de sua família.


MATADOURO de Carlos Júnior

14 março 2013 Nenhum comentário



Desde o sucesso de A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999), o gênero de horror tomou dimensões mais reais. Num envoltório de personagens que possuem o poder da câmera, falando, olhando e demonstrando suas ações diretamente para o expectador.  Esses filmes já possuem um público fiel, o que facilita a aceitação do longa pela mídia. Porém, mesmo que chegando em levas, pois quase todo filme de horror atual quer usar a mesma primícia, daí o sucesso das franquias REC e Atividade Paranormal, acabam por repetir sempre o mesmo nas suas continuações. No Brasil, este modelo de filme foi muito bem utilizado pelo jovem diretor Carlos Júnior, que lançou em julho do ano passado o longa Matadouro.

 O Filme independente tem a narrativa comum dos filmes do gênero, sendo proposital pois fica claro as homenagens realizadas pelo roteirista e diretor Carlos Júnior, onde cinco jovens estão a caminho da casa de um deles, quando ocorre um problema no carro no meio da estrada, começando a desaparecer um a um. A ideia de que foi inspirado em fatos reais, está tão presente, quanto em  um dos filmes homenageados na trama, O Massacre da Serra Elétrica, grande obra do gênero de 1974.


A Qualidade de Matadouro é admirável, desde a edição bem estruturada, formatando um conjunto de cenas e divisões dos atos que compõem no expectador um nervosismo peculiar, a atuação dos atores, em sua maioria tão bons na câmera como se ela mesmo não existisse. A Direção de Carlos Júnior parece sem limitações, ficamos com a impressão de que os atores, não atuam, e sim, são os próprios personagens que viveram a história contada.


Se a recente e equivocada matéria lançada pelo Folha de São Paulo, que descreve erroneamente a falta de filmes do gênero no Brasil, demonstra que as obras de diretores como Carlos Júnior, são esquecidas pela mídia, ou são ignoradas, provocando um grande debate, pois Matadouro, e sua continuação que deverá estrear ainda este ano, são tão bons, que merecem mais atenção do que  alguns filmes comerciais. Viva ao horror indie brasileiro!

Assista o filme on-line:


Bidê ou Balde: Eles são assim, assim por diante.

13 março 2013 Nenhum comentário

Sabem aquelas bandinhas gostosas que vez por outra venho deixar a dica aqui no blog, com som maneiro, tocado no estilo indie, letras autorais e tal. Então, já apresentei a Tiê, a homenagem ao Raça Negra bem acústica e sonoramente cool feita no projeto Jeito Felindie, e também o ator/cantor Alexandre Nero que dá um show com sua músicas hiper-mega-super iradas. E Agora, apresento uma banda gaúcha que já está a um tempinho na estrada, o estilo rock maneiro da Bidê ou Balde. 

Formada desde 1998, Bidê ou Balde tem um estilo próprio mesmo possuindo todos os estilos comuns à bandas de rock nacional. As letras afiadas das músicas já perduram nos cinco discos lançados, sendo o mais recente o ótimo "Eles são assim, assim por diante" de 2012. Para curtir o som, deixo o vídeo da música "Mesmo que Mude" que está no DVD MTV Bandas Gaúchas, escutem o talento desses garotos tchê. 


Dia Da Mulher!!!

08 março 2013 Nenhum comentário
08 de Março: Dia Internacional da Mulher, em homenagem vou deixar o trabalho realizado pela revista TPM, ficou muito bom, engraçado e dinâmico. 


Dezesseis Luas de Richard LaGravenese

04 março 2013 Nenhum comentário




Infelizmente por algum tempo, será quase que impossível não comparar filmes de amor juvenil nascido em traços narrativos de fantasia com a saga Crepúsculo. Os quatro filmes sobre os vampiros fez ressurgir um gênero forte, e criou um público tão fiel, que consequentemente vários filmes querem pegar o embalo e ser o novo queridinho da vez, por sorte, Dezesseis Luas que estreou no último final de semana nos cinemas , é um filme melhor do que poderia ser, bem mais do que a saga dos bebedores de sangue.

Dirigido por Richard LaGravenese, que assina a adaptação do romance que pertence a coleção Beatiful Creatures, tem em sua filmografia o  P.S. Eu Te Amo (2007) e o roteiro de Água para elefantes (2011),  Dezesseis Luas é a história de amor entre a jovem bruxa Lena Duchannes (Alice Englert), agora nomeada por conjuradora, e o estudante Ethan Wate (Alden Ehrenreich), os dois precisam sobreviver a um segredo que envolve a maioridade bruxa de Lena, que terá que decidir caminhar para o lado do bem ou do mal, escolha que talvez não estará ao seu alcance.
O diferencial de Dezesseis Luas são os diálogos afiadíssimos e inteligentes que passeiam pela fantasia principal da história. O Casal lê o tempo todo, vão ao cinema, são sarcásticos, vivos e sobretudo, complementam-se. A dinâmica entre os atores Alice e Alden tem uma performance notável e acreditável. As cenas tem um tempo bom e acontecem sempre com alguma surpresa ou situação que provoque alguma risada no cantinho da boca, tipo aquela que damos quando percebemos uma referência.

O elenco segura o filme, que com efeitos especiais não tão bem acabados pode decepcionar pelo clímax clichê, mais que agrada e engessa a qualidade nas atuações da experiente Emma Thompson, ganhadora do Oscar por Howards End (1992), que interpreta a mãe malucona de Lena. E a participação de Viola Davis, convidada para participar do filme pelo próprio diretor que uniu em seu personagem, dois dos principais personagens do filme; a bibliotecária e a amiga da mãe de Ethan.


Integralmente, Dezesseis luas talvez consiga conquistar os órfãs da saga crepúsculos, e para aqueles que não são fãs da turma de vampiros, e tenham a ousadia de conferir nos cinemas esta nova saga sobre bruxas, deverá ir com a cabeça aberta e preparado para amar ou adiar, o bom é que atente-se ao conteúdo que preenche a vida amorosa do casal, que diferente de Edward e Bella, não ficam falando só nos dois, eles vão além, vão para o mundo fora de si. 


 
Desenvolvido por Michelly Melo.