Séries baseadas em filmes: SUCESSO!

21 junho 2013 Nenhum comentário
As adaptações nos cinemas é tão comum, que incrivelmente, é difícil não encontramos um filme em cartaz que não seja baseado em um livro, em uma HQ ou em outro filme. Na Televisão, este feito acontece avassaladoramente com as séries de TV, os canais fechados americanos investem cada vez mais em histórias que já foram contadas no cinema, como Psicose de 1960 e a trilogia Hannibal oriunda do thriller Silêncio dos inocentes (1991) que serviram de base para as séries Bates Motel e Hannibal, baseadas respectivamente no filmes já citados.


Em Psicose, Norman Bates é o dono de um motel beira de estrada, um frio assassino que joga os corpos e carros das vítimas no lago da cidade. O Filme em preto em branco tem a famosa cena do assassinato no banheiro, sob a direção do gênio do cinema de suspense Alfred Hitchcock. A série Bates Motel acontece antes do acontecimento do filme, prestes a estrear no Universal Chanel, o drama é focado na chegada da família Bates à cidade, Norman Bates ainda é um jovem sonhador, sua mãe bipolar que protege o filho de suas próprias loucuras e o irmão mais velho que percebe cada vez mais que o resultado não desta história não será tão positivo.

Considerada uma das melhores séries da última temporada, Bates Motel já teve sua segunda temporada aprovada. A Primeira temporada recheada de dez episódios consegue prender o espectador de forma a nos tornar assíduos curiosos dos eventos futuros. As atuações grandiosas de Vera Farmiga como a matriarca da família, sustenta todos os fatos estranhos ao seu redor, e do jovem Friddie Highmore que assustadoramente consegue incorporar no olhar o Norman Bates que conhecemos em Psicose. Aguardemos pela vindoura temporada, que mantenha a qualidade da história da bela e impressionante primeira temporada.

Uma dos maiores antagonistas do cinema, com toda sua loucura e fome por carne humana, Hannibal Lecter o psiquiatra carnívoro nascido nos romances de ficção do escritor Thomas Harris, que dominou as telonas em filmes de grandes sucessos, como o ganhador do Oscar O Silêncio dos Inocentes em 1991. A Série que leva seu nome, Hannibal, teve uma temporada elogiadíssima pela crítica e fãs americanos. Baseado em eventos anterior aos acontecimentos do filme Dragão vermelho (original 1986, remake 2002), Hannibal é o psiquiatra do agente William Graham, enquanto o mesmo persegue os assassinos seriais mais brutais que já poderiam existir em séries de TV.


Os sucessos das séries Bates Motel e Hannibal vai além do sucessos dos filmes que inspiram os personagens e suas narrativas. A Série de tv tem um tempo diferente, e os roteiristas e produtores sabem, eles estão conseguindo libertar informações e características dos personagens que conhecemos, sem tirá-los a liberdade de aproveitar cada detalhe da personalidade. Aguardemos ansiosos as novas temporadas.

Crítica: O Grande Gatsby

12 junho 2013 Nenhum comentário


Adaptar um romance não é uma tarefa fácil para nenhum diretor, embora as grandes produtoras de Hollywood sempre busquem na literatura uma história boa à ser contada, é um ação que pode levar a grandes fracassos de bilheterias.  Multiplica-se todo esse risco, quando o diretor é um visionário e o romance adaptado é de 1925, que já teve outras duas adaptações para o cinema e no mínimo uma para a TV. Aguardado de modo silencioso pela crítica, O Grande Gatsby sob a direção de Baz Luhrmann, enche os olhos do público com sua beleza e a magnitude do romance, hoje, considerado o maior e melhor da história literária dos EUA.

Baz Luhrmann, do extravagante e adorável Moulin Rouge, tem seu estilo fílmico conhecido pela crítica e cinéfilos, amados por um, idolatrados por outros ou até desprezado pelos mais conservadores, Baz põe novamente em O Grande Gatsby o mesmo estilo que utilizado em seus outros filmes. Ele sabe fazer isso, e faz bem feito, transportar o espectador para o mundo dos seus personagens de forma exagerada e exuberante, transportando a magia do cinema para o mundo subconsciente dos desejos e sonhos de seu espectador, tornando o filme tão real quando a ficção que o envolve.
Se no início dos anos 20, quando a bolsa de valores americana vivia seu crescimento desenfreado, criando novos milionários e aumentando os cofres dos já existentes, o escritor Scott Fitzgerald lançou de forma morna o romance no qual apresentava Gatsby e seu sonho de reconquistar um amor do passado, oferecendo-a o luxo e a beleza que todo o dinheiro possa provocar, além do seu amor verdadeiro e por vezes, possessivo.


Incorporando Gatsby, vemos um Leonardo DiCaprio cada vez mais talentoso, aprimorado e deixando cada vez mais certo que ele é o ator desta década, como foi com Marlon Brando nos anos 50 e Robert DeNiro nos anos 70, DiCaprio simplesmente oferece o seu melhor com suas expressões do humor a loucura em milésimos de segundos, nos seus silêncios tão gritantes em cena. Ao seu lado, e ainda na busca de seu espaço o frio Tobey Maguire, a beleza de Carey Mullingan, cada vez melhor, e a surpresa fica por conta de Joel Edgerton que consegue ser um antagonista com atuações a altura de DiCaprio
O Grande Gatsby é cheio de brilho, glamour, champagne e declarações de amor.  Um filme criado para ser bonito visualmente, é percebível o cuidado minucioso em cada cor, em cada cenário e em cada panorâmica, as locações sempre grandiosas e com muita riqueza de detalhes, onde percebemos como Baz visualizou a beleza na qual Gatsby envolveu-se pela sua amada. O Grande Gatsby é uma imersão a um mundo de sonhos, de que o amor pode durar por anos, que o dinheiro pode proporcionar grandes festas, mais nunca, nunca mesmo, te devolverá o tempo perdido.
 
Desenvolvido por Michelly Melo.