5 anos e muitas histórias!

22 novembro 2016 Nenhum comentário

Sinceramente, não gosto de utilizar o blog para discorrer sobre algo pessoal, não gosto da vertente que blog é um diário, claro que eu não tenho nada contra aos blogueiros que utilizam este espaço para falar do relacionamento que acabou, da dificuldade de encontrar emprego, da mãe que só quer usar batom vermelho... eu leio alguns, e até posso indicar em outra postagem uma listinha daqueles que constantemente eu vou lá conferir algum texto que ache bacana, e a verdade é que são muitos e com muita qualidade. Mas, pra mim, aqui não dá. Aqui é um espaço fora do meu mundo, a parte boa de ser o RAFAEL, claro, que tem alguns posts polêmicos no meio, criados também para fazer o leitor pensar sobre algo que estou pensando naquele momento, exemplo é o texto de O Amor do Poliamor, escrito no inicio de novembro. 

Estava revendo o histórico do blog e senti como ele mudou, como eu mudei, como o mundo mudou. E mudamos todos juntos. De forma avassaladora e introspectiva e como viajante no tempo, em minutos atravessei de corpo, alma e mouse os cinco anos de existência deste espaço. Lembrei da primeira postagem, havia acabado de conferir o filme O Palhaço do Selton Mello e pensei: EU PRECISO FALAR DESSE FILME COM ALGUÉM. Foi quando surgiu a ideia de criar o blog, a princípio com o nome byforme, eu queria tanto que este espaço tivesse algo haver comigo, que me representasse de alguma forma, que na escolha do nome, eu só pensava em mim, pra mim e por mim. Daí esse pitoresco título para um blog, que não tinha nenhum acesso. Só o meu!

Começou a aparecer um acesso aqui e outro acolá, no mesmo ano fiz minha conta no Facebook, aonde comecei a divulgar o que publicava. Neste tempo também já namorava com a ideia de não falar só de filmes, queria falar de música, de livros, das pessoas. Menos de mim, nunca achei e ainda acho que eu seja interessante e tolerante ao ponto de acreditar que meus pensamento possam servir de experiência ou saber para alguma outra pessoa, tenho a convicção que posso ajudá-los de outra maneira, nem que seja tietando A Banda mais bonita da cidade, banda curitibana que amo demais, que ganhou um post lindo sobre ao show deles aqui em Fortaleza, no Órbita bar. 

Outra paixão que ganhou postagem foi a minha primeira viagem para fora da província Ceará, em 2013 conheci o Rio de Janeiro. Primeiro vôo, primeira mala perdida em aeroporto, primeiro fone de ouvido da Tam, primeira vez que vi o mundo de cima, que vi o céu. A Viagem a trabalhou rendeu um post fofinho, com direito a fotos e emoção nas palavras, com registro de todos os locais que passei, incluindo a visão inesquecível do Rio de Janeiro visto de um enorme janelão, na varanda do quarto do casarão colonial que fiquei hospedado no tradicional bairro Santa Tereza. Ufa, É Lindo viu!

Em 2014 o blog mudou de nome, eu já estava com vergonha de informar as pessoas que o endereço tinha byforme, juro! Fiz uma rápida pesquisa na época e um amigo me deu a sugestão com uma simples pergunta: de quem é o blog. O Blog é meu. O Blog do Rafa. Caralho!!!! Que clichê mais lindo. Aprovei e na hora mesmo já trabalhei na primeira arte para a logo, dei uma repaginada e apresentei novamente aos leitores, poucos, mas que elogiaram e gostaram bastante. Neste ano, fiz  a primeira cobertura do Oscar da minha vida, assisti todos os filmes e fiz a análise dos principais, foi lindo! Cansativo, mas sensacional. 

E hoje, cinco anos depois, estou aqui, escrevendo sobre esse garotinho que me acompanha em todos os momentos, como um amigo, ás vezes esquecidos, outrora tão lembrando, mas sempre presente. Um companheiro personificado em palavras, layout e acessos, este por último, nunca tão valorizado por mim, adoro saber que outras pessoas vieram aqui e leram algo que eu tenho escrito, mas o mais importante é saber que tá escrito, tá acessível, que tem existência. Mesmo assim, são 9.950 acessos, ou seja quase dois mil acessos por ano, pra mim, já é demais. Obrigado à todos!

Pra encerrar esse post tão saudosista, quero deixar só uma história linda que me contaram recentemente:

Um dia uma menina de 5 anos perguntou ao seu irmão mais velho: 
- O que é o amor?
Ele sorriu e respondeu:
- O Amor é quando eu sei que roubas, todos os dias, chocolate da minha mochila e eu continuo a guarda-los no mesmo lugar. 

(Autor Desconhecido)




Animais fantásticos e onde habitam, 2016

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O filme tem o poder de transportar o expectador para a história que é contada, diferente de um livro, onde o leitor desenvolve uma empatia com as palavras, na telona é uma experiência sensorial que pode provocar os mais diversos sentimentos, do medo ao riso, do choro a adrenalina. E para provocar essas sensações existe uma receita, um cálculo de sucesso que produtoras, diretores e roteiristas, principalmente de Hollywood, conhecem muito bem, e aplicam com louvor naquelas obras cinematográficas que devem render milhões aos estúdios.

Animas fantásticos e onde habitam representa bem o resultado desta equação, o roteiro lotado de personagens carismáticos, vilões surreais, efeitos especiais espetaculares, um universo de aventura encantador e a assinatura envolvente de uma trilha sonora que arrepia o espírito, todos bem acertados e funcionando em uma engrenagem de puro entretenimento tornam este, um dos melhores filmes do ano. 

J. K. Rowling escreve por paixão, é possível perceber como cada detalhe da narrativa foi pensado de forma carinhosa. Rowling consegue estabelecer um timing preciso para apresentar situações tão contrapostas, em uma cena um humor juvenil, em outra, um suspense comum a filmes de terror. Os seus personagens discorrem pela trama suavemente, a calma como a história se desenvolve é inteligente e não cansativa, os minutos passam correndo. Quando percebe-se já estamos familiarizados com os personagens em cena, com exceção do jovem Newt Scamander, protagonista interpretado pelo talentoso Eddie Redmayne, que não tem sua história explorada, e necessariamente com um destaque limitado, acaba por ser submergido pelos fantásticos animais e os colegas de elenco, Katherine Waterson, Dan Fogler e Alison Sudol.

Animais fantásticos e onde habitam é agradabilíssimo, complementa com excelência um espaço deixado desde o último Harry Potter nos cinemas. Com vida própria, o longa já nasce maduro, com uma mitologia bem estruturada, personagens amáveis e aquela áurea de aventura que a muito tempo não contemplávamos nos cinemas. Ótima sessão!



Shaolin do Sertão, Halder Gomes.

12 novembro 2016 Nenhum comentário


Ao estrear, Shaolin do Sertão permaneceu durante suas primeiras semanas, lotando as principais salas de cinema do estado do Ceará. As ações com a equipe de produção e atores que percorreu diversos shoppings apresentando o longa foi certeira para tornar o filme conhecido do público e claro, gerar mídia orgânica que contribuíram muito para que as filas para as sessões do filme aumentassem de forma a provocar, segundo o diretor Halder Gomes em seu facebook, o nascimento de um novo clássico para o cinema cearense. Ele exagerou? Claro. Mas não mentiu, um filme com o público de meio milhão de expectadores não pode passar deslizando pela história do audiovisual do nosso estado, porém, Shaolin do Sertão é um filme tecnicamente ruim, com um roteiro cansado e interpretações de causar vergonha alheia. 

Existe uma ideia brilhante ali, o argumento funciona muito bem, a trajetória do herói é inquestionável, o problema é a fórmula que já havia sido utilizada pelo Helder em seu outro filme, Cine Holliudy. Talvez, se o diretor não reutilizasse Edmilson Filho como protagonista, o filme funcionasse melhor, sem as atuações que beiram o amadorismo de Edmilson, e provocam no lugar da graça a vergonha alheia. Ao lado de Bruna Hamú, que interpreta a mocinha da história, a diferença de profissionalismo entre os dois, enquanto ela esbanja qualidade de interpretação, Edmilson grita ou soletra suas piadas prontas. Algumas cenas parecem inacreditáveis por terem ido para o corte final do filme. 

O roteiro longo desnecessariamente, principalmente no último ato, parece ter sido escrito com a ideia central de apresentar a maior quantidade de situações que causassem graça aos expectadores, e nesta tentativa exagerada de criar gorduras ocasionou uma lotação pitorescas de cenas desnecessárias, afinal, as cenas com o apresentador João Inácio Jr, poderiam desaparecer do longa, sem custo algum para a compreensão da história. E tão pouco as cenas com o bêbado da cidade, com a Camila Ucker e até algumas com o Falcão, que mesmo realizando um trabalho a nos convencer de sua atuação, em alguns momentos peca pela piadas sem graça do roteiro. Diferente dos ótimos e pontuais momentos que estão em tela, Haroldo Guimarães que, realmente, consegue provocar gargalhadas, Marcos Veras, que mesmo exagerando no papel do macho alfa, pontua com cuidado sua presença e a dupla Fafy Siqueira e Cláudio Jaborandy sempre ótimos, mesmo rodeados de não atores. 

Shaolin do Sertão trás um vocabulário escrachado cearense do interior do estado ampliado a mil, todo mundo parece exagerado, escrachado e  caricato. Os personagens criados, e não são poucos, surgem em cena apenas para fazer caras e bocas, para aparecer e dizer que esta presente, que faz parte, que contribuiu, que ajudou a "acangalhar" o negócio. E se "acangalhar" é o melhor termo para estabelecer um vínculo da necessidade de Shaolin do Sertão na história do cinema cearense, com toda e aceitável dedicação de Helder em produzir um filme, torço com muita energia positiva para que seus próximos trabalhos não sejam apelativos da fórmula já cansada, que algo novo apareça, que ele consiga realmente fazer um filme, que além de filas e salas lotadas, tenha um motivo de existência, no mínimo, tenha qualidade, o cinema nacional merece.

Em tempo, Leia também minha análise de Cine Hollíudy no Portal O Divulgador:



Corre Forrest!

09 novembro 2016 Nenhum comentário

Em dezembro completa-se 22 anos que o longa metragem Forrest Gump estreava nos cinemas norte-americanos. A história do jovem Gump, contada em primeira pessoa por ele mesmo, era o oitavo filme de Robert Zemecks, diretor que estava em sua época de ouro em hollywood, era o responsável por levar ao cinema a trilogia "De volta para o futuro" que havia feito sucesso em todo mundo e alguns anos antes também revolucionou o cinema com "Uma cilada para Roger Rabbit", onde personagens reais dividiam a cena com desenhos animados. Forrest Gump foi, na verdade, a receita certeira para concretizar o poder de narrativa e produção de Zemecks, neste ele reuniu a ficção necessária para criar uma história lotada de momentos lúdicos com a dramaticidade que emociona desde a primeira cena. 

13 indicações ao Oscar, conquistou seis estatuetas, incluindo as três principais premiações da noite: melhor filme, melhor diretor e melhor ator para Tom Hanks, que levou na ocasião seu segundo Oscar consecutivo, no ano anterior, 1994, levará pelo ótimo trabalho em Philadelphia. Hanks, na época, um talento promissor, a cada filme superava as expectativas e cada vez mais conquistava o seu consagrado espaço no hall dos grandes atores de Hollywood. Sua interpretação como Gump ao fazer as fases jovem e adulta do personagem, o consagrou pelo talento de possuir uma presença brilhante nos momentos dramáticos e cheios de humor do filme.

O Filme inicia com uma leve pena a flutuar no ar perdida, mas levada pelo vento ao seu destino. Como se sobrevoar ao espaço fosse a estrada da sua vida, a leve pena branca tropeça em si mesmo e por vários obstáculos até pousar, deitando-se, sob os sapatos surrupiados de lama de um jovem que está sentado em uma parada de ônibus. Forrest Gump apanha a pena e a guarda dentro de seu livro de história preferido. A abertura possui um trilha sonora que de imediato transporta o expectador para a emoção do filme, Alan Silvestri que também concorreu ao Oscar por assinar a na trilha sonora, realizou um trabalho minucioso que eleva a qualidade da direção de Zemeck e a atuação Hanks a outro nível.

Sentado à aguardar o ônibus, o carismático Forrest começa a contar a uma jovem a sua história de vida. Cuidadosamente, Gump permeia os detalhes e aprendizados da vida que o tornaram exatamente quem ele é. E aqui está a beleza do filme, Forrest Gump tem uma vida cheia de problemas sempre acobertadas pelo seu jeito peculiar em observar cada uma dessas dificuldades. O Problema no movimento das pernas que o obrigava a usar botas ortopédicas quando criança, os sacrifícios realizados por sua mãe para que fosse aceito como uma criança normal mesmo possuindo Q.I abaixo da média na principal escola da cidade, o preconceito por ser diferente, o primeiro amor... todas as passagens na história de Gump são intercaladas de forma a comover e ensinar, principalmente nas passagens em que Forrest vai lembrando dos ensinamentos deixados pela mãe.

- Como dizia minha mãe: Milagres acontecem todos os dias. - Diz Forrest antes de correr desengonçado usando suas botas para correção da coluna.
A Delicadeza da narrativa de Forrest não o impede de tratar assuntos como o abuso sexual de crianças pelos próprios pais, a vida dos soldados militares combatentes de guerra e a luta dos negros para a conquista dos mesmos direitos dos brancos. Com inserção de cenas reais gravadas com efeitos especiais onde Forrest Gump parece fazer parte da histeoria dá uma vivacidade ao filme, proporciona uma melhor empatia pelo protagonista, que sempre desengonçado, acaba modificando de alguma forma a nossa visão pelo ocorrido. Zemecks torna real e tateável um personagem bem peculiar que realmente seria muito bom se existisse  e não fosse apenas ficção.

Robin Wright, atualmente conhecida pelo papel da fria senhora Underwood na série House of Cards, grande sucesso do Netflix, interpretou a primeira e única grande paixão de Forrest, a bela Jenny Curran. A naturalidade do romance dos dois nasce das possibilidades de encontros e desencontros que a vida vai ocasionando durante o filme, sendo que uma delas é essencial para que Forrest finalmente complete sua história, seu destino. A Beleza de Robin complementa com sutileza as situações em que Forrest põe nela sua confiança e amor. Hank e Robin estão perfeitos juntos. 

Forrest Gump é daqueles filmes que podem ser a resposta certa para aquela pergunta no final da tarde de domingo: Então, qual filme iremos ver? Lotado de metáforas sobre a vida, Forrest Gump conta-nos a história de um sobrevivente, que em nenhum momento se vitimiza das diversas situações pelas quais é submergido e em algumas, nota-se a crueldade em como o mundo pode ser com os outros, se cada um de nós tivermos um pouco da inocência e dos sonhos de Gump, talvez possamos construir um ambiente de convívio melhor, assim como Forrest mudou o Alabama, podemos mudar a nós mesmos. Afinal, a primeira mudança é aquela que vem de dentro. 

Corre Forrest, Corre!






O amor do Poliamor!

04 novembro 2016 Nenhum comentário

Precisamos falar do poliamor. Mas para falarmos dele precisamos nos desprender de todos os limites e pré-conceitos (sim, escrevo-o desta forma para melhor compreensão de seu significado) para então continuarmos em frente. Rumo a libertação das formas de amar, seja ela em gênero, quantidade ou intensidade. 

Primeiro, não é necessário eu ser participante/praticante do poliamor para falar sobre ele, o assunto assim como diversos outros temas bem atuais, me chamou atenção pelo caráter profundo de análise da sociedade atual, que continua mudando e evoluindo a cada instante. Mudou agora e você não viu. 

Segundo, o amor é lindo. Sentimento único que carrega a responsabilidade enorme em ser para cada um de nós um sinônimo de alegria, o que o obriga a ser quase perfeito, redondo, existente. Mas e o poliamor? Poli, significa muitos ou vários, e amor, é o sentimento tão conhecido de nós todos, mas que nesta palavra ganha dimensões galácticas, pois se desconstrói do sentido de exclusividade e mergulha no compartilhamento da emoção. 

Parece complexo, e se o é, você precisa se desvincilhar de todas as normativas da sociedade quanto a compromisso e relacionamento em suas mais diversas padronizações existentes hoje para compreendê-lo, sei, não é fácil, mas necessário, por que em algum momento alguém mais próximo de você te apresentará esta situação, que esta cada vez mais comum, cotidiana. 

O programa Adotada da MTV, que tem como protagonista Maria Eugênia que a cada episódio é adotada por um família brasileira diferente e necessariamente passa uma semana naquele lar, vivenciando o ambiente, os integrantes da família e suas experiencias, apresentou uma família gaúcha de Porto Alegre onde a estrutura familiar era a seguinte:

Mulher mantém o relacionamento com outra mulher, por qual conhece um homem, pelo qual se apaixona, e mantém um relacionamento com o dois. Em outro momento surge outro homem, que passa a fazer parte do relacionamento. Resumindo, são duas mulheres e dois homens que constituem uma família. Um lar. Embora que uma das mulheres já não more na mesma construção familiar inicial ela continua mantendo relações sexuais e amorosas com os parceiros iniciais. 

E aí, deu pra entender? Parece complicadíssimo, mas não, claro que como outros relacionamentos existem contratempos, discussões e ciúmes, os quatros personagens reais desta história permitem-se amar. O que me deixou de imediato intrigado foi a estrutura familiar ser tão complexa e eles em si, aceitarem e conviverem com a normalização de todos os sentimentos envolvidos. E esta é a receita do bolo, a desconstrução do que para os não praticantes do poliamor poderia ser o causador de marés devastadoras de problemáticas para o relacionamentos, para eles, tudo é tratada com uma naturalidade plausível.

Assim como todo e qualquer outra decisão do individuo que possui o nosso mesmo direito de livre arbítrio, nós não temos qualquer direito ou concessão para interferir nas escolhas de suas vidas, o que precisamos é entender que estamos diante de uma nova forma de amar e ponto final. Não nos cabe aceitar e sim, respeitar. E em diversos momentos até mesmo ajudar a construir a viabilidade do amor, hoje tão escasso, não podemos banalizar este sentimento devido a quantidade de pessoas que fazem parte do todo, e sim na prepotência dele em existir sem barreiras, sem limites, sem determinações quantificadas. Amor é amor seja pra uma, duas, três, quatro... pessoas.


Doutor Estranho, 2016.

03 novembro 2016 Nenhum comentário

Doutor Estranho apresenta aos cinemas um herói incomum, humano e cheio de si. A construção do personagem interpretado pelo mega talentoso Benedict Cumberbatch (da série britânica Sherlock), é uma das mais sintéticas realizadas pelos filmes do gênero, porém, acontece de forma compreensível e até mesmo no teor da magia, torna tudo muito convincente e real. Enquanto, outros filmes de super heróis são construídos pelos acontecimento ao seu redor, Doutor Estranho acontece de dentro pra fora, de humano a herói, de problemas internos, pessoais, para problema externos, para salvar a humanidade do fim iminente. 

Stephen Stranger é um neurocirurgião soberbo, reconhecido no mundo todo por suas habilidades com cirurgias de alto risco e bem complexas, que no auge de seu sucesso profissional sobre um terrível acidente de carro, no qual, suas mãos são dilaceradas. Inconformado com a perda permanente do controle das mãos, Stranger passa a buscar formas de consertá-las para que possa voltar a realizar seu trabalho. Nesta busca, Stranger conhece Jonathan Pangborn, paciente que tinha um irreparável dano em sua coluna que o deixou paraplégico, mas que, misteriosamente, voltou a andar e pratica esportes. A busca o levará a conhecer o templo secreto Kamar-Taj no Nepal, aonde aprenderá controlar a energia interna do seu corpo que poderá levá-lo a cura. O controle da energia interna e o conhecimento aprofundado na história do templo Kamar-Taj, levará o doutor Stranger mais longe. Tornando-o um dos principais combatentes do templo, Stranger perceberá que o mundo corre perigo e que sua ajuda será totalmente essencial para que o pior não aconteça.

Doutor Estranho é o tipo de filme que a tecnologia 3D é obrigatória para o contar da história, a imersão na trajetória do herói é maximizada com os efeitos muito bem locados no tridimensional dentro das melhores cenas, já que a lógica tempo/espaço que é de extrema importância para o roteiro contribui para um aprofundamento dos ambientes e cenários das sequências de ação, grande acerto de Scott Derrickson, diretor responsável pela adaptação, que consegue exprimir a existência de Doutor Estranho ao mundo real, talvez pela sua experiência com filmes do gênero terror como Livrai-nos do Mal, 2014, e o Exorcismos de Emily Rose em 2005. 

Contribuem ainda para o sucesso de Doutor Estranho, a presença camaleoa da bela Tilda Swinton, que dá vida a um dos personagens mais enigmáticos e belos, o Ancião, que com um passado desconhecido, repassa seu conhecimento à Stranger, tornando-o apto a encontrar-se no plano astral, encorajando-o as diversas dimensões existentes. 


Emplacando seu espaço em um dos melhores filmes de todos os já criados para o universo Marvel, Doutor Estranho localiza-se bem a frente dos grandes e já consagrados heróis já apresentados nos cinemas. Se, o homem de ferro tem sua importância para a turma dos Vingadores, devido seu conhecimento e tecnologia, Doutor Estranho tem total responsabilidade pela magnitude do poder mais importante de todos, o Tempo, o que o torna uma das peças mais importantes de toda a mitologia Marvel. Vamos ficar torcendo para ver aonde o herói místico será importante nas histórias que estão por vir, que se continuarem na mesma qualidade de Guerra Civil e Doutor Estranho, serão, sem dúvidas, uma das sagas mais avassaladoras dos cinemas atualmente. Torcemos!





 
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