Filmes de heróis são produzidos em escala nos
últimos anos, desde o primeiro X-men em
2000, iniciou-se uma safra que hoje, dezesseis
anos depois, chega ao seu melhor momento. Com fãs divididos ou não, mas sempre
cheios de expectativas, entre os universos DC e Marvel, todos acabam ganhando,
quando filmes como Batman Vs Superman: A Origem da justiça chega aos cinemas.
A Continuação de O Homem de aço foi anunciada
em 2013, o alvoroço do anúncio ficou inflamado quando confirmada a participação
de Batman para um confronto direto com o Superman. O diretor Zack Snyder havia
contado na época que tinha uma história realmente surpreendente que valeria
muito a pena levar até os cinemas, e por isso, o encontro iria acontecer. E ele
estava certo.
A Destruição ocorrida pelo ataque da nave de
Zod a Metrópolis tirou a vida de milhares pessoas, entre as poeiras dos prédios
destruídos, Bruce Wayne, alto ego de Batman, assisti a toda uma nação ser
destruída por seres vindos de outros planetas, e mesmo que Superman tenha salvado
o dia, para Bruce, ele carrega a culpa de todos os mortos. Esse é o ponto
inicial, para que o morcego de Gothan City, assim como uma boa parte da
população, acredite que o filho de Krypton não seja uma solução para a paz do
mundo, e sim, um grande risco, para que a paz seja perdida de uma vez por
todas.
Ben Affleck impressiona e dá realismo a um
Batman maduro e experiente, que precisa tomar decisões difíceis mas que julga
necessárias para o bem de todos. Responsável por algumas memoráveis cenas de combate
no filme, Batman parece cheio de cicatrizes, mas capaz de ir até o excesso do
seu esgotamento físico para defender a sua nação. Do outro lado do ringue, um
Clark Kent (Henry Cavill) cansado e
cheio de complexidades, quase vencido pelos exaustos movimentos sociais pós e
contra a permanência de Superman na terra, resumindo suas poucas forças nos
conselhos de Lois lane (Amy Adams) e
Martha Kent (Diane Lane).
Mesmo que Superman seja o catalisador de toda a
história do filme, todos os outros personagem existem e estão ali, por que de
alguma forma Superman os motivou a garantir a presença, é Lex Luthor (Jesse
Eisenberg) que amarra e faz todo o jogo acontecer, ele é quem arremessa a bola
ao campo. Lex chega já impondo sua presença, sem sobre força humana alguma,
franzino, cabeludo e mimado, ele sabe exatamente quem é quem e o que deve fazer
acontecer. E faz muito bem feito, todas as suas cenas devem se tornar
mitológicas, devido o excesso de presença que consegue manter em tela.
Até um tempo atrás não era possível acreditar
como um heroína mulher, não tão reconhecida como os dois grandes heróis do
filme, poderia ganhar vida e ser ovacionada como a beleza de Gal Gadot foi
capaz de fazer. A misteriosa personagem vai ganhando espaço na trama sem
pressa, calmamente aparecendo entre uma cena e outra, sem muitas falas, sem
muita imposição, até que WOW, temos a certeza, e só conseguimos pensar: Ela
está aqui e é ela, a mulher maravilha.
O Universo DC chega ao cinemas da forma que
todos acreditavam que iria acontecer, personagens reais, lotados de dilemas
reais, humanos, sinceros. Se a Marvel mantém seus heróis como entretenimento
para adultos e crianças, vozinhas e vovôs, a DC garante que seus heróis são aquém
de algo mais, eles são pessoas com problemas reais, humanos, até quando não são
deste planeta.