Análise: 007 - Spectre

27 novembro 2015

A franquia 007 ressurgiu em 2006 com Daniel Craig, ator inglês, que imortalizou logo no seu filme de estreia,Cassino Royale, um James Bond mais humano e bruto, nesta complexidade. Aclamado pela crítica e com sucesso de bilheteria, o vigésimo primeiro filme que leva as aventuras do charmoso agente britânico as telonas, ganhou o fôlego necessário para uma nova leva de expectadores, iniciando um novo momento, que três outros filmes depois, apresentou na última quinta-feira, 007 contra Spectre, que encerra toda a mitologia iniciada com Cassino Royale.
Os ótimos números de 007 – Operação Skyfall, lançado em 2012, considerado o filme mais denso e um marco histórico na vida do agente nas telonas, contribuíram para o anúncio de um novo filme e consequentemente novos rumores para o direcionamento da história de James Bond. O filme que estreou neste final de semana, traz nos seus longos minutos de duração uma responsabilidade única em superar seus antecessores, item não conquistado, e apresentar um encerramento, desnecessário, para todos os outros filmes. 
Se os acertos em Skyfall, o ovacionaram junto a crítica e aos expectadores, Spectre não consegue funcionar e ter vida própria. Toda hora tem algum resquício de passado, de outro momento, de outra história, e assim, o roteiro à quatros mãos, assinado pelos talentosos John Logan, Neal Purvis, Robert Wade e Jez Butterworth, e sob a responsabilidade da direção de Sam Mendes, perde-se no seu próprio conteúdo. James Bond atravessa meio mundo, com locações realmente surpreendentes, em busca de algo que nem ele mesmo parece querer encontrar, assim como diz Franz, personagem de Christoph Waltz, aqui subutilizado: Estive sempre presente Bond, mas você nunca me viu. 
E se conforta ao Bond, James Bond, não é somente ele que parece sem rumo, todos os outros personagens estão também no mesmo navio à deriva, onde Monica Bellucci tem vinte minutos de cena, Léa Seydoux, aqui em uma beleza única e muito bem em suas sequências, tem a única personagem sensata no filme, e Ralph Fiennes que nos serve para lembrar como Valdemort irá fazer falta. A quantidade de clichês nas histórias destes personagens é de fazer chorar de decepção. Spectre merecia mais. Bem mais. 
Entende-se que este deve ser o último filme desta mitologia, e que possivelmente, Daniel Craig tenha finalmente finalizado bem com seu James Bond, e que torcemos que o próximo filme, o estúdio consiga preparar um novo momento para o agente mais querido do cinema. E se querer não for demais, vamos torcer para que no próximo filme tenhamos mais o Q, único personagem realmente querido neste longa. E só.  

Trailer:


Nenhum comentário

Postar um comentário

 
Desenvolvido por Michelly Melo.