Será que amamos Os Homens que não Amavam as Mulheres

05 janeiro 2012


Fazer filmes baseados em livros é e sempre será algo arriscado. É como se você tivesse que pensar como o autor que escreveu toda a história e imaginar como todos os leitores que de alguma forma se encantaram com aquela história. Ou você agrada a todos, ou simplesmente não consegue agradar ninguém. Foi assim com O Poderoso chefão e O Iluminado, filmes que mesmo baseado em romances, ganharam a simpatia do público e tornaram-se até mais conhecidos e cultuados do que as próprias entrelinhas que lhe contam a história, e todos esses dois filmes foram dirigidos por grandes diretores. Já, outros filmes, que podemos listar quase que infinitamente não deveriam tão pouco ter saído da estante da livraria, como o questionável O Apanhador de Sonhos. Essa discussão volta à tona exatamente quando um grande livro e um grande diretor se encontram, trazendo a versão cinematográfica de Os Homens que não amavam as mulheres.
O Livro do falecido Stieg Larsson que tornou-se um frisson internacional, parte inicial de uma trilogia denominada Millenium, Os Homens que Não Amavam as Mulheres traz uma história temida, por seu tom avassalador de contar uma história que envolve estupros, assassinatos e covardia. A estória literária é quente, um autêntico romance Sueco, que levou seu escritor a ganhar o prêmio de melhor romance de ficção criminal da Suécia em 2006.
O Romance conta o percalço de dois grandes personagens em um mundo de mentiras, o primeiro deles é o jornalista Mikael Blomkvist, que co-fundador da revista Millenium, conseguiu diversos inimigos por investigar e escrever matérias sobre escândalos que envolvem muitas pessoas importantes do mundo inteiro. Sua outra personagem, que deve-se tornar uma das maiores heroínas pop desta época é a Lisbeth Salander uma amante digital e encantadora garota que possui nas costas um enorme dragão tatuado. Os Dois se encontram em um momento conturbado da vida de cada um deles: Ele está sendo investigado e julgado por uma matéria publicada em sua revista e Ela está sendo estuprada pelo homem que devia protegê-la, juntos partem para investigar o desaparecimento de uma terceira personagem, Harriet Vanger, que desapareceu sem vestígios há décadas. O envolvimento do casal de protagonista parece acontecer de uma forma magistral, diante do caos tão bem criado pelo Stieg.
O Romance já teve uma versão dirigida por Niels Arden, diretor da Dinamarca que conseguiu criar um ótimo filme sobre a história contada. Michael Nyqvist, o atual vilão do filme Missão: Impossível Protocolo Fantasma, fez o primeiro Mikael Blomkvist no cinema, com todo o tom maduro e inteligente do personagem, assim como a bela Noomi Rapace, que estará em Prometheus prelúdio de Alien, fez a instigante Lisbeth Salander. Lançado em 2009, o filme chegou tardio no Brasil, porém é possível encontra-lo em locadores e para venda. Você deve assistí-lo. É inoportuno não conferir essa obra.

A Versão americana já lançada nos EUA e que chega ao Brasil no próximo final de semana, conta também com uma direção e atores de peso. Os homens que não amavam as mulheres, 2011, é contado pelo fantástico e visionário David Fincher, diretor de Clube da Luta e do belo A Rede Social, o que já demonstra que o mesmo tem total domínio sobre filmes baseados em romances. Espera-se pelo menos. O personagem de Mikael Blomkvist é interpretado pelo Daniel Graig, de 007 - Cassino Royale, e a Lisbeth Salander fica sobre a pele de Rooney Mara, a dupla tem um grande peso nas costas, pois interpretar esses heróis não é fácil, principalmente quando outros atores já tenham interpretado os mesmos personagens, inseridos em uma mesma história.

Diante de uma história tão boa que Stieg nos conta pela trilogia Millenium, temos a obrigação de torcer para que tenhamos um filme à altura, para que possamos aplaudir e merecidamente contentar-nos com o melhor que a no cinema e na literatura, o entretenimento.

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