Crítica: A Hospedeira

15 abril 2013

O Sucesso de público e as críticas aos filmes da saga Crepúsculo, contribuíram para tornar Stephenie Meyer em uma das escritoras mais influentes desde 2008, segundo a revista americana Time, no mesmo ano em que lançou The Host, seu primeiro livro após a saga dos vampiros. Com uma nova temática, A hospedeira, título nacional lançado pela editora Intrínseca, não demorou muito a ser comprado pelos estúdios e logo foi anunciada a adaptação, que estreou friamente no final de semana passado nos cinemas brasileiros, trazendo uma qualidade impar em comparação as outras histórias da escritora.
O planeta Terra em sua essência não existe mais, os humanos tornaram-se hospedeiros de um ser alienígena que pensa está ajudando a evitar o fim do nosso mundo. Sem guerra e uma proteção ao meio ambiente, todos vivem em uma sociedade integralmente socialista e em paz. A jovem Melanie resiste a invasão, escondendo-se e vivendo em fuga para manter-se humana, e quando um de seus esconderijos é encontrado, ela é capturada e uma “alma”, como denomina-se os aliens invasores, é implantado ao seu corpo. A Alma, chamada de Peregrina, tem grandes dificuldades de dominar por completo o corpo, já que Melanie parece tão presente em seus pensamentos, compreendendo o motivo da fuga dos resistentes a invasão. Peregrina e Melanie, as duas em um só corpo buscam encontrar outros sobreviventes.
Stephenie Meyer conseguiu contar uma história madura, o tapa na rosto da sociedade é dado com força, a partir do momento que uma sociedade extra a nossa veio intervir contra o nosso próprio fim, e um grupo de sobreviventes precisa aceitar que até esses invasores podem e são realmente melhores que nosso melhor instinto. De certa forma, o filme adaptado e dirigido por Andrew Niccol, O Preço do Amanhã e Gattaca, apresenta personagens inteligentes e cheios de si, dado que o ser humano é tratado como apenas corpo. 

A Direção melhora em muito a história contada, a fotografia baseada nos ambiente tecnológicos e cheios de branco para a paz que existe na grande cidade e os carros e motos prateados destoam do ambiente vermelho das rochas das montanhas aonde escondem-se os sobreviventes resistentes, acerta em cheio, criando dois mundos diferentes em um ambiente em que sobreviver é tão complicado, quanto á apenas existir. 
Se as adaptações estão em alta no cinema americano, é melhor sabermos esperar o melhor de cada filme que entra nesse filão. Se a crítica não se sentiu agradada com a saga de Crepúsculo, Stephenie Meyer e a direção de Niccol complementam-se e apresentam uma história bacana de ser acompanhada e analisada. Afinal, quem somos para destruir a nós mesmos e ao mundo no qual vivemos?

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